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Por que é que ingerimos calorias a mais? Um estudo tem a resposta

Não é novidade que o excesso de gordura na alimentação faz mal à saúde. Mas um novo estudo apresenta mais uma razão para a evitar.

Às vezes parece que quanto mais se come mais fome se tem. Principalmente, se forem alimentos processados e de absorção mais rápida. E um novo estudo, publicado no Journal of Physiology e levado a cabo por investigadores da Penn State College of Medicine, nos Estados Unidos, vem agora explicar por que é que em alguns casos deixamos de ser capazes de parar de comer alimentos poucos nutritivos.  

A investigação foi feita em ratos divididos por cinco grupos que consumiram durante um, três, cinco ou 14 dias uma alimentação rica em gorduras e calorias, enquanto um ultimo grupo seguiu uma dieta controlada. Concluiu-se que bastaram cinco dias de uma dieta altamente calórica para o cérebro deixar de regular a sensação de saciedade, sendo que os resultados são ainda mais assinaláveis quanto maior o período de tempo.

"[Após] cerca de 10 a 14 dias a seguir uma dieta rica em gordura e calorias, os astrócitos parecem não reagir e a capacidade do cérebro de regular a ingestão de calorias parece perder-se", explicam os cientistas.

Os investigadores conseguiram assim provar que o excesso de gordura e calorias inibe os astrócitos no tronco cerebral - células cuja função é travar a ingestão de alimentos perante um alto teor de gordura e calorias no organismo - levando à menor comunicação entre o estômago e o cérebro, logo, ao desequilíbrio alimentar.

O próximo passo é descobrir se é possível reativar a capacidade de regulação dos astrócitos e, se tal se verificar e se comprovar que a experiência feita em ratos também se aplica aos seres humanos, será importante para travar os problemas de obesidade no mundo.

A taxa mundial de obesidade quase duplicou desde 1980, de acordo com a Forbes Health, e todos os anos quatro milhões de pessoas morrem por obesidade, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).  

Os cientistas reconhecem, por isso mesmo, que os próximos passos serão fundamentais “para entender e desenvolver novas estratégias terapêuticas para o tratamento da obesidade”, rematam no estudo publicado no Journal of Physiology.

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