Tratamentos vasculares | Edição: Vasco dos Santos
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Em dias de calor, ainda temos tempo de tratar derrames e varizes?

Será esta a época ideal para tratar derrames e varizes? Devemos esperar pelo inverno? A resposta pode variar e nós dizemos porquê.

Com a chegada do sol e do calor, esta é uma das questões que mais se coloca em consultas médicas: será esta a época ideal para fazer tratamentos vasculares, de derrames e varizes? Juliana Pais, diretora clínica da COOLSKIN e Laser Clinic e especialista em medicina estética explicou tudo à Versa

Quando falamos dos membros inferiores, a primeira coisa que nos vem à cabeça são as varizes. Elas podem ser tratadas de forma não cirúrgica, com recurso a escleroterapia e a laser vascular. A escleroterapia consiste numa injeção de um líquido esclerosante que vai “secar” o vaso, eliminando-o de forma definitiva, e pode ser complementada com o laser vascular, especialmente quando temos vasinhos mais pequenos (os chamados teleangiectasias), permitindo um tratamento mais completo.

Mas, além das varizes, é comum vermos também no corpo angiomas ou nervos rubi (também chamados de sinais vermelhos), que podem ser tratados de forma cómoda com laser, normalmente com uma única sessão, sem deixar qualquer cicatriz. Estes podem surgir também no rosto e pescoço e são tratados da mesma forma.

Relativamente às típicas lesões que surgem no rosto, as mais comuns são as telangiectasias, angiomas, aranhas vasculares, vermelhidão difusa (flushing) e hemangioma (tumor vascular benigno). Normalmente, estas lesões são tratadas com laser vascular (Nd-yag) ou com Luz intensa pulsada. Esta última consiste numa tecnologia com diferentes feixes de luzes que permite tratar diversas patologias, como as lesões vasculares mencionadas, mas também permite tratar manchas, acne e conferir rejuvenescimento.

A estação do ano em que nos encontramos é um dos fatores a ter em conta na hora de decidir se avançamos ou não para tratamento vascular

“A estação do ano em que nos encontramos é um dos fatores a ter em conta na hora de decidir se avançamos ou não para tratamento vascular, pois este tipo de tratamentos pode não estar recomendado em pleno verão, com temperaturas altas”, explica a especialista. “Não só pela exposição solar, que não é de todo recomendada, mas pelo calor que por si só pode ser um incómodo na recuperação, seja de tratamentos corporais ou faciais”, acrescenta.

No entanto, o calor ou o sol também podem não ser impedimento para os tratamentos vasculares, desde que se tomem medidas. “Alguns pacientes aceitam as limitações da não exposição solar e optam por realizar determinados tratamentos mesmo estando sol. O importante será informar bem o paciente antes de se estabelecer um plano de tratamentos”, adianta.

“Quando propomos tratamentos corporais como a escleroterapia (injeção de um produto que vai colapsar a veia fazendo com que desapareça) devemos informar que, além dos cuidados com o sol, está recomendado o uso de meias de compressão após a sessão. Com o calor, podem ser incómodas e esse motivo é válido para adiar o tratamento. Por outro lado, assumimos que o uso de roupa que tape a área tratada irá proteger contra os raios solares, no entanto, não é suficiente. Devemos instruir ao uso de protetor solar para evitar o surgimento de manchas”, diz Juliana Pais.

O importante será informar bem o paciente antes de se estabelecer um plano de tratamentos

Além disto, é importante seguir as recomendações básicas, nomeadamente a manutenção de exercício físico, preferir locais frescos para evitar a vasodilatação dos membros e, caso frequente a praia/piscina, dar preferência às horas de menor calor.

“Relativamente ao laser Nd-yag, um equipamento que permite tratar varizes, aranhas vascular ou angiomas (pequenos aglomerados vasculares parecendo sinais vermelhos), o paciente deve evitar expor-se ao sol por um período previsível de um mês após a sessão. Além disso, está contraindicada também a exposição solar prévia, pelo risco de queimadura. O mesmo acontece com alguns medicamentos (como os anti-inflamatórios) que devem ser evitados antes da sessão pelo mesmo risco. Estes cuidados devem ser tidos também quando falamos de Luz Pulsada Intensa”, explica a diretora clínica da COOLSKIN e Laser Clinic.

Todas as indicações aqui fornecidas são meramente informativas e não dispensam uma consulta médica prévia para se obter os dados necessários e tomar uma decisão informada e consciente.

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