Quando entro numa joalharia, só tenho olhos para brincos de tão apaixonada que sou por este acessório. Por isso mesmo, para estrear a rubrica diVERSA, nada mais faria sentido do que falar sobre uma nova marca de brincos, que quebra com a tradicional joalharia portuguesa e apresenta-se na vanguarda da joalharia artesanal.
diVERSA é sobre novos projetos e marcas portuguesas, diversas nas suas ofertas e na criatividade que põem nos projetos. Nós, como VERSA, queremos mostrar, como sempre, o outro lado. Neste caso, o lado empreendedor dos portugueses. Beatriz Araújo é um desses exemplos.
De assistente de bordo a joalheira de histórias
Beatriz Araújo tem 26 anos e uma carreira em que nem sempre teve os pés na terra. Começou por estudar Audiovisual e Multimédia na Escola Superior de Comunicação Social, mas não foi por aí que enveredou.
Após a licenciatura, começou a trabalhar como assistente de bordo, mas em 2020, ano da pandemia, perdeu o trabalho, tal como tantos outros colegas. Voltou à terra e foi trabalhar para uma loja de acessórios, na qual permanece como sub-gerente, sem nunca deixar de sonhar alto.
Perceber que um par de brincos deixa de ser só um objecto e passa a fazer parte da história de alguém, é muito bonito. Ficava um bocadinho triste quando não conseguia encontrar a peça perfeita para os clientes, ora porque a cor não era exactamente aquela, ora porque o formato não encaixava bem. E sempre tive o desejo de conseguir entregar a peça perfeita para fazer parte dessa história", conta à Versa.
O desejo era grande, a inspiração vinha constantemente de marcas como Cata Vassalo ou RoClayCo e o empurrão surgiu quando uma amiga estava prestes a celebrar o aniversário e Beatriz não conseguia encontrar o presente perfeito.
Solução: criar os brincos perfeitos. E quem faz um par, faz mais e assim nasceu a ClayBae, marca de joalharia feita à mão.
ClayBae: a marca que cria a peça “perfeita”
Apesar de a ClayBae ter modelos base, é possível escolher uma peça personalizada, numa dança criativa que envolve Beatriz e o cliente.
Diria que a essência das minhas peças é exactamente a motivação que lhes deu origem. Poder entregar ao cliente peças únicas, pensadas e personalizadas ao total gosto do mesmo e que ao mesmo tempo tenham um significado especial”, diz. “O que mais me motiva é quando os clientes (porque também temos homens a escolher a ClayBae para presentearem pessoas especiais) nos dão um briefing geral do que pretendem e juntos vamos construindo a peça até ficar perfeita. Essa é a magia de ter um negócio pequeno”.
É tudo feito de forma orgânica, até no modo como Beatriz aprendeu a trabalhar as peças.
Já tinha alguma formação em escultura, no entanto, relativamente à argila polimérica (material utilizado para fazer as peças) tudo o que sei fui aprendendo e pesquisando na Internet com outras artistas. Ainda assim, está nos planos a curto prazo fazer uma formação mais profunda".
Tudo pelo resultado final, que já é surpreendente. Há brincos de formas irreverentes, com brilhantes, com flores, em flor, ou como a imaginação ditar.
Novos modelos vão sendo lançados todas as semanas (quem sabe além dos brincos) e podes esperar novas peças em breve, não só de inverno, como dedicadas ao Natal. Os preços começam nos €4 e podes encomendar através do Instagram.