Os cuidados diários, do creme ao protetor solar, são essenciais para travar os sinais de envelhecimento na pele do rosto. Contudo, o seu aparecimento é inevitável, ainda que atualmente haja forma de fazer frente às rugas.
Além das conhecidas cirurgias estéticas, pode recorrer-se à harmonização orofacial, um procedimento estético que está de mãos dadas com a Medicina Oral.
“A harmonização orofacial diz respeito a um conjunto de procedimentos que visam o equilíbrio estético e funcional da face”, explica à Versa Inês Chibeles, Médica Dentista, com curso em harmonização orofacial.
Enquanto a harmonização orofacial centra-se na prevenção do envelhecimento, a harmonização orofacial "pode surgir pela necessidade e insatisfação do paciente depois de uma reabilitação oral", explica Inês Chibeles.
"Isto porquê? Pacientes mais envelhecidos, com uma prótese total, muitas vezes têm falta de suporte labial e começam a notar mais rugas em redor do lábio superior. Esse tipo de situações ocorre com o envelhecimento e com uma reabilitação oral que nós, como médicos dentistas, não conseguimos satisfazer na totalidade o paciente. Portanto, a harmonização orofacial vem ajudar neste sentido: a maior satisfação do paciente após uma reabilitação oral”.
Quando começar os tratamentos
Apesar de falar-se em pacientes mais envelhecidos, não existe propriamente uma idade para iniciar os tratamentos de harmonização orofacial.
“Não há uma idade pré-estabelcida. Quando começar a haver algumas rugas dinâmicas – aquelas que aparecem quando nos expressamos, de acordo com a dinâmica da face –, pode e deve começar a ser administrado algum tipo de procedimento de harmonizaçao orofacial para evitar o envelhecimento da pele”, frisa Inês Chibeles.
Além das rugas dinâmicas, que aparecem normalmente na zona da testa e entre as sobrancelhas, existem as rugas estáticas, aquelas que se notam sem qualquer expressão facial e que estão presentes habitualmente numa idade mais avançada.
Mas tendo em conta que todos os tipos de pele são diferentes, a melhor altura para iniciar a harmonização orofacial vai depender do estado da pele.
“Varia muito do tipo de pele, da exposição solar que essa pele sofre, portanto, há aqui uma série de fatores que podem provocar o envelhecimento mais precoce da pele", diz a Médica Dentista.
Em quantas sessões se veem resultados?
Além do botox, a harmonização orofacial consiste na administração de tóxina botulínica, ácido hialurónico, bioestimuladores, fios tensores ou de bioestimulação, laser, radiofrequência, mesoterapia, peeling e bichectomia. E qual será a dor e o custo para alcançar a harmonia entre a face e o sorriso? Inês Chibeles esclarece.
“É um procedimento pouco doloroso e em pacientes com menor tolerância à dor pode ser administrada uma anestesia tópica e, portanto, o paciente sente ainda menos”, refere.
Mais uma vez, cada pessoa, cada tratamento, pelo que além da dor, a safisfação com os resultados vai depender do tipo de pele que é submetida à harmonização fácil.
“Numa só sessão há resultados, pode é não ir ao encontro do que é pretendido", diz a médica dentista. "O que é que isto significa? Que muitas vezes, principalmente nos pacientes mais velhos, já com rugas estáticas, não vou conseguir eliminar aquela ruga pré-estabelecida na face. São necessárias várias sessões. E essa ruga não vai desaparecer na sua totalidade, apenas vai ficar atenuada”, sublinha.
É, por isso, um procedimento que requer paciência e anoção de que há riscos, ainda que reduzidos. “O médico precisa de ter em conta o histórico do paciente, algum tipo de patologia que possa existir e ter os cuidados de administração para evitar riscos desnecessários”, remata Inês Chibeles.
Estes procedimentos devem ser realizados por profissionais devidamente autorizados, em clínicas certificadas.