Farmácia antiga | Fotografia: Jim Heimann Collection/Getty Images
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Este é o truque para poupar até 650 euros na farmácia, de acordo com especialistas

Estudo da Deco PROTeste revela que se optarmos por medicamentos genéricos conseguimos economizar mais dinheiro ao fim do ano.

Os portugueses estão a gastar cada vez mais dinheiro em farmácias devido ao aumento dos preços dos medicamentos e custo de vida. Mas muitos destes gastos podem ser evitados se escolhemos os medicamentos mais económicos. Optar por medicamentos genéricos mais baratos pode resultar numa poupança significativa, com alguns doentes a conseguirem poupar até €655 por ano, segundo um estudo da Deco PROTeste, citado pelo Jornal de Notícias este fim de semana.

De janeiro a junho deste ano, os portugueses gastaram 455 milhões de euros em medicamentos nas farmácias, 29 milhões de euros a mais que no mesmo período do ano anterior, de acordo com o relatório de monitorização de despesas em medicamentos do Infarmed. Durante estes seis meses, o preço médio por embalagem aumentou 14 cêntimos e foram vendidas 95 milhões de caixas de medicamentos, 3,3 milhões a mais do que em 2023.

O estudo da Deco PROTeste, que avaliou 112 medicamentos sujeitos a receita médica com pelo menos um genérico entre os mais vendidos, revelou que, em julho, apenas seis desses medicamentos eram os mais baratos dentro do seu grupo homogéneo (com a mesma composição, dosagem e quantidade). Assim, a maioria dos consumidores continua a comprar fármacos mais caros sem necessidade, uma vez que existem alternativas mais acessíveis.

O estudo destaca ainda que escolher o medicamento mais económico pode traduzir-se em poupanças que podem ir dos 15 cêntimos a €38 por embalagem. As maiores diferenças de preço ocorrem entre medicamentos de marca e genéricos, mas também há variações entre os próprios genéricos, o que leva a Deco PROTeste a recomendar que os consumidores peçam sempre o genérico mais barato.

Os doentes crónicos são os que mais podem economizar ao optar por medicamentos mais baratos. A Deco PROTeste simulou dois perfis: uma doente de 47 anos com asma, refluxo gastroesofágico e insónia, e um doente de 75 anos com diabetes, hipertensão e problemas cardíacos. Se ambos substituíssem os medicamentos de marca pelos mais baratos, a primeira pouparia €207 por ano e o segundo economizaria €655.

Embora as receitas médicas já indiquem o preço máximo do medicamento prescrito, a Deco PROTeste defende que deveriam também incluir o preço e o nome da alternativa mais barata, para que os pacientes possam solicitá-la na farmácia. No entanto, as farmácias não são obrigadas a ter sempre os medicamentos mais baratos em stock, sendo exigido que tenham pelo menos três das cinco opções mais económicas.

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