Fazer exercício é uma das receitas para viver com mais saúde. Os benefícios da atividade física regular estão mais do que documentados, mas por vezes é fácil seguirmos os conselhos errados e dar como certos alguns dados que não passam de mitos.
Um artigo publicado no jornal New York Times aborda esta realidade e dedica-se a elencar alguns dos mitos mais populares associados à prática de exercício, refutando-os com recurso ao conhecimento de especialistas na área.
Um dos mais comuns, refere o jornal norte-americano, é o de que se deve alongar os músculos antes da prática de exercício físico. Quantas vezes nas aulas de educação física os professores não nos obrigavam a fazê-lo? Estudos recentes demonstram que alongar antes de praticar atividade física é ineficiente na prevenção de lesões e que pode até ter o efeito contrário: alongar um músculo por mais de 90 segundos acaba por diminuir a sua força.
A forma mais eficiente de aquecer é através de exercícios dinâmicos, vários movimentos que ativam a circulação sanguínea e que cansam moderadamente os músculos.
Mas há mais mitos que merecem ser desconstruídos. A teoria de que dar 10 mil passos por dia é o suficiente para se ser saudável não é bem assim. Apesar de investigadores terem desmentido esta tese há algum tempo, há quem continue a guiar-se por este objetivo diário.
A origem do mito remonta aos anos 1960, quando um fabricante japonês de relógios produziu em massa um pedómetro com um nome que se traduzia em medidor de 10.000 passos.
Os dados mais recentes sugerem que os benefícios de caminhar para a saúde parecem obter-se por volta dos 7.500 passos e que atingir os 4.000 diários também é suficiente para diminuir o risco de morte.