Princesa Ana
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Ana, a princesa que o mundo raramente vê e para quem devia olhar

A filha da rainha Isabel II é pouco falada, mas a vida dava um filme honroso.

A princesa Ana, de 72 anos, não aparece muitas vezes na imprensa, a não ser quando acontecimentos importantes o tornam inevitável. Um deles foi a morte da rainha Isabel II, a 8 de setembro de 2022, cujas cerimónias fúnebres continuam a decorrer até 19 de setembro, dia do funeral.  

Ana, a única mulher descendente ao trono da rainha Isabel II, acompanhou a mãe até aos últimos dias. A princesa revelou, em comunicado, que esteve com a mãe nas "últimas 24 horas da vida”, e continua a acompanhar as cerimónias que sucederam à morte da monarca.

Aliás, foi a única dos quatro filhos da monarca — Ana, André, Eduardo e Carlos (agora, rei Carlos III) — que acompanhou o caixão da rainha, numa viagem de carro de seis horas, desde o Castelo de Balmoral a Edimburgo, na Escócia, até à sua entrada num voo para Londres. Uma vez em Edimburgo, a princesa curvou-se sobre o caixão, visivelmente emocionada, um momento que colocou a discreta princesa debaixo dos holofotes. 

Esta dedicação não é muito diferente de tudo aquilo que a princesa Ana é no seu dia a dia. Mas, afinal, quem é Ana? Acima de tudo, uma mulher de um coração enorme.  

A mulher que sempre trabalhou para o sucesso 

Ana é uma mulher de armas, sem nunca ter precisado de pegar nelas. A princesa, agora a 16.ª na linha de sucessão ao trono, nunca serviu nas forças armadas, mas deu tudo o que tinha ao país. 

Tem vários títulos, estilos e honras e é das poucas mulheres da família real a usar uniforme militar — que veste em diversas ocasiões protocolares, como a da morte da mãe.  

Desde cedo, com apenas 18 anos, começou a assumir compromissos reais e a aproveitar qualquer pausa nas viagens de - e para - Londres. Era “viciada em trabalho”, descreve Dickie Arbiter, comentador da realeza e ex-porta-voz da rainha, ao “The Washington Post”.  

O rosto oculto das instituições de caridade 

Mais de 300 instituições de caridade, como a Save the Children, e organizações militares, entre elas a Marinha Real e os Fuzileiros Navais Reais. É esta a conta para a qual não há uma equação possível entre as necessidades das instituições e o número de horas a que Ana lhes dedica.  

A princesa apoia as áreas do Desporto, Ciências e Saúde e também pessoas com deficiência em países em desenvolvimento, trabalho incansável que, sim, podia delegar, mas isso iria contra aquilo em que é e acredita.

“É alguém que trabalha para as suas instituições de caridade”, diz Dickie. “Ela não se envolveu nelas só para ser figura de proa”, acrescenta.  

Por tudo isto, já esteve indicada para o Prémio Nobel da Paz em 1990. E não é para menos.  

 A favorita do pai, a princesa da mãe 

Há muito tempo que é dito e reafirmado por jornais como o “Express” ou o “Daily Mail” que a princesa Ana era a filha favorita de Filipe, Duque de Edimburgo, e marido da rainha Isabel II.  

“[Filipe] sempre se divertiu mais com a Ana”, refere Eileen Parker, mulher de um amigo próximo do Duque de Edimburgo, ao “Daily Mail”. “O Carlos era mais como a rainha, enquanto a Ana era mais parecida com o príncipe Filipe”, continua.  

E podia ser. Mas Ana não deixava de ser também o orgulho dos pais. Representou o país diversas vezes em provas de hipismo, montada no seu cavalo “Goodwill”, chegando a competir nos Jogos Olímpicos de Montreal de 1976, como membro da equipa equestre britânica. Contudo, até neste ramo, o coração grande de Ana levou-a a apoiar a equitação de pessoas com deficiência em toda a Commonwealth, de acordo com o Palácio de Buckingham.  

Podia ter uma personalidade mais parecida com o pai, mas não há como negar que Ana era tal e qual a mãe, de feições e de vontade de servir uma nação.  

A princesa que foi capa da Vogue

A não ser quando não se livrou de manchetes, aquando o divórcio do capitão Mark Phillips em 1973, no chamado annus horribilis, no casamento com Timothy Laurence, ou quando não cumprimentou o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em 2019, a princesa Ana manteve sempre a vida privada quase na sombra.  

Mas, quando era para aparecer, era em bom. 

A princesa Ana foi capa três vezes da Vogue britânica. A primeira, protagonizou em 1971, com 21 anos, e, as seguintes, em maio e novembro de 1973, quando celebrou o segundo casamento. Isto porque, tal como a mãe, Ana era considerado um “ícone de estilo”.

"A princesa Ana é um verdadeiro ícone de estilo e uma referência na moda sustentável, ainda antes de sabermos realmente o que isso significava", afirmou o editor da Vogue britânica, Edward Enninful, à “Vanity Fair””.  

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