Restaurante Cura
Gourmet

A Cura que Lisboa precisava para os amantes da alta cozinha

Da entrada à sobremesa, a Cura está numa cozinha de excelência, amplamente premiada. Fomos conhecer as novas propostas do Chef Rodolfo Lavrador.

É sabido que um restaurante galardoado com estrela Michelin divide os seus menus em momentos. Momentos esses que não se ficam apenas pela mesa. É o caso do Cura, desde fevereiro de 2025 sob batuta do Chef Rodolfo Lavrador, que conta com a ajuda da Sous Chef Marina Garcia. 

Existem dois menus de degustação, um mais extenso, o Percurso, e o Passo, uma versão mais concisa, disponíveis também em opções vegetarianas. Ambos os menus homenageiam os ingredientes da época e os pequenos produtores portugueses e cada prato tem uma abordagem minimalista, mas profundamente expressiva no sabor.

A originalidade é uma das grandes características dos menus, que a VERSA teve oportunidade de conhecer. Passo a passo, através do menu que tem precisamente esse nome, fomos conhecendo a nova abordagem do Chef Rodolfo e as várias regiões de Portugal que representa. 

Tudo começa com uma brincadeira com o tradicional couvert português, sendo apresentado um copo com bebida de arroz e trigo sarraceno que se faz acompanhar de um snack composto por uma tosta de arroz e no topo emulsão de azeitonas. Sugestão? Um gole na bebida, uma dentada no snack e volta ao copo. Uma primeira experiência que já fazia prometer. 

Bebida de arroz e trigo sarraceno com snack composto por tosta de arroz e emulsão de azeitonas

Nas entradas, uma panna cota com beringela e diferentes tipos de tomate e, ainda, um pedaço de xérem com pasta de beringela fumada. Pequenas dentadas, grandes sabores. 

Passando aos principais, começámos com uma viagem até aos Açores, para provar o lírio desta ilha, curado e com a pele braseada, com wasabi para intensificar o sabor do peixe e molho de iogurte. Em seguida, passámos para o carabineiro numa reinterpretação da clássica açorda e ainda para a lula cozida a vapor e fumada, com feijão bago de arroz e espuma de feijoada de choco. 

Entretanto, pausa para o momento mais português do menu, o pão, para molhar no azeite exclusivo do Cura e feito em Tomar, ou barrar com manteiga dos Açores. 

Momento do pão com azeite de Tomar e manteiga dos Açores

E assim sabemos que para a gula não há Cura e continuamos esta viagem à mesa. Cherne de Peniche e ainda, na opção de carne, presa de porco Ibérico do Alentejo, e, na opção vegetariana do penúltimo momento, mil folhas de aipo com pastel de massa tenra.

Para finalizar, uma taça de gelado de baunilha com couve flor, crocante de arroz doce e Peta Zetas. Uma verdadeira explosão na boca. Finalizámos a harmonização vínica com Casal de Sta. Maria Colheita Tardia 2020, mas o vinho que mais surpreendeu em toda a experiência foi o Cabrita Negra Mole do Algarve. 

Taça de gelado de baunilha com couve flor, crocante de arroz doce e Peta Zetas

Não será por acaso que desde 2020 o Cura tem dado provas do seu valor, tendo recebido, além de uma estrela Michelin que mantém ano após ano, 2 Sóis pelo Guia Repsol e a entrada para o 50 Best Discovery em 2025. 

O restaurante intimista, com 30 lugares envolvidos por obras de arte moderna portuguesa, pertence ao Ritz Four Seasons Hotel Lisboa e está aberto todos os dias das 19h às 21h. 

Cura
Localização: R. Rodrigo da Fonseca 88, 1070-051 Lisboa
Horário: todos os dias das 19h às 21h
Reservas: 21 381 1401 / online 
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