Já deves ter ouvido (ou lido) as notícias de que na passada terça-feira, 13 de maio, o presidente do Chega, André Ventura, sentiu-se mal durante um jantar-comício em Tavira, no Algarve, e foi transportado por ambulância para o Hospital de Faro. Começaram imediatamente a surgir teorias sobre o que poderá ter acontecido, mas, segundo a CNN Portugal, o político sofreu "um espasmo esofágico" associado a uma "alteração da tensão arterial".
É um problema que muitos descrevem como "uma sensação de um objeto preso na garganta", lê-se na CUF. Isto pode acontecer porque "quando os alimentos são ingeridos, deslocam-se da boca para a faringe". Depois, "o esfíncter esofágico superior abre-se permitindo que penetrem no esófago, onde uma série de contrações musculares, chamadas ondas peristálticas, impulsionam a comida para baixo".
Bom dia pessoal. Estou a ser muito bem tratado no Hospital de Faro e espero ter alta nas próximas horas. Quero agradecer-vos a todos o apoio, a amizade e as orações. Obrigado ❤️ pic.twitter.com/mmqQDhEc4l
— André Ventura (@AndreCVentura) May 14, 2025
Depois, os alimentos passam através do esfíncter esofágico inferior e entram no estômago", explica a rede de saúde. Geralmente, "se essas contrações não forem harmoniosas e sequenciais", a comida não "progride para o estômago e ocorre dor e dificuldade na deglutição". Ou seja, estes "espasmos correspondem a uma perturbação dos movimentos de propulsão (peristaltismo) do esófago, causada por um mau funcionamento dos nervos".
É ainda importante referir que o problema pode ser incapacitante, "interferindo com as atividades quotidianas" e, em alguns casos, "causando transtornos de natureza psicológica". E, sim, de um modo geral, os espasmos "são sentidos sob a forma de dor no peito, por trás do esterno que coincide com a dificuldade em engolir líquidos ou sólidos".
Infelizmente, os espasmos podem "ser intermitentes e variáveis ao longo do dia e durar minutos a horas". Por isso, a "ansiedade e a depressão são comuns nestes pacientes".
Já no que diz respeito a causas, a CUF explica que "embora não se saiba qual a sua causa, intui-se que os espasmos do esófago são mais comuns na raça caucasiana, no género feminino e raros na infância, aumentando de incidência com a idade". Existem ainda teorias de que o problema pode estar associado ao refluxo gástrico ou a uma alteração neuromuscular.