Já sabemos que as melgas, tal como o nome indica, são insuportáveis nos dias de calor. Existem, no entanto, outros insetos que devem causar alguma preocupação: os mosquitos-tigre. Sim, estás mesmo a ler bem.
Trata-se de "um inseto invasor de origem sul-asiática" e que está presente em toda a costa mediterrânica. Está, aliás, "incluído na lista das 100 espécies invasoras mais nocivas do mundo", segundo o Grupo de Especialistas em Espécies Invasoras (ISSG) da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), lê-se no site da Anticimex, uma empresa especializada no controlo de pragas.
O que faz com que sejam tão perigosos? Infelizmente, além das picadas muito incómodas e que causam uma reação alérgica pronunciada do que um mosquito comum, os mosquitos-tigre são capazes de transmitir diferentes doenças e vírus como "o dengue, a chikungunya ou o zika", explica o Serviço Nacional de Saúde.
Podem ser especialmente irritantes porque são mais ativos durante o dia, um problema mais significativo com as fêmeas, as únicas que picam em todas as espécies de mosquitos, assim como entre as 6h00 e as 10h00 e entre as 16h00 e as 22h00, explica a marca.
Já na Mosquito Alert, um projeto de ciência cidadã a nível internacional, lê-se que ao contrário dos mosquitos, estes podem morder várias vezes numa única vez. É ainda importante mencionar que normalmente picam mais na zona das pernas e, sim, podem mesmo "picar os tornozelos através das meias". Felizmente não conseguem picar através de calças de ganga ou outros tecidos mais grossos.
De acordo com a mesma plataforma, na Europa, "o mosquito foi responsável por surtos de chikungunya em Itália e em França". Para além disso, "em França, na Croácia e em Espanha registaram casos autóctones de dengue transmitidos pelo mosquito-tigre".
Já em 2019, "os primeiros casos autóctones de zika no continente foram detetados em França" e, sim, o mosquito-tigre estava envolvido nesses casos.