A Blefaroplastia, ou cirurgia das pálpebras é a abordagem mais completa no tratamento da flacidez cutânea palpebral e do excesso ou mal posicionamento da gordura peri orbitária, que acompanham o envelhecimento. A cirurgia envolve a remoção do excesso de pele, o reforço dos tecidos mais laxos da pálpebra inferior sempre que justificado e reposiciona ou elimina o conteúdo adiposo de ambas as pálpebras.
A Versa conversou com Ana Silva Guerra, especialista em cirurgia plástica reconstrutiva e estética, para esclarecer todas as dúvidas.
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- Há excesso de pele na pálpebra de tal forma que cobre a prega natural da pálpebra. Pode mesmo pender além dos limites da pálpebra e, quando isso acontece, verifica-se interferência no campo visual. Em situações limite, as pestanas podem ser mal direcionadas para dentro do olho, com risco de lesões graves; - Há excesso de volume nas pálpebras (“bolsas”), contribuindo para um aspeto cansado e envelhecido; - Há pregas profundas na transição entre a pálpebra inferior e a região malar (“bochecha”); - Há dificuldade em maquilhar-se; - Contração permanente e intensa do músculo frontal (o músculo responsável pelas rugas da testa) que levanta as sobrancelhas e ajuda a aumentar o campo visual, quando este está diminuído pelo excesso de pele palpebral.
Quem não deve fazer?- Patologia da superfície ocular (olho seco grave) que possa agravar-se com esta intervenção; - Expetativas irrealistas; - Alergia grave a algum dos componentes medico cirúrgicos necessários ao procedimento; - Intervenções prévias na pálpebra, especificamente a pálpebra inferior que possam prejudicar a cicatrização/ recuperação após a intervenção cirúrgica.
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- Vai conseguir eliminar as bolsas e o inchaço e a pele excedentária debaixo dos olhos e a redundância de pele nas pálpebras superiores; - Vai deixar de ter problemas na visão motivados pela pele excessiva que pende da pálpebra superior; - As cicatrizes ficam escondidas nas pregas naturais das pálpebras superiores e junto aos cílios, na pálpebra inferior.
É um procedimento estético, mas pode ser considerado essencial para melhorar a qualidade de vida de alguém que tenhas as pálpebras demasiado descaídas?Sem dúvida. Pode e deve ser considerada uma intervenção que corrige um problema funcional quando: - Compromete o campo visual pela pele que pende na pálpebra superior; - Há uma má posição da pálpebra superior – ptose palpebral; - Permite, através da sua realização, a remoção de uma neoplasia cutânea benigna (por ex. xantelasmas) ou maligna; - Há uma Má posição da pálpebra inferior – entrópio ou ectrópio. Através da associação à blefaroplastia de outras técnicas, é possível corrigir estes problemas.
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É sempre uma grande mudança pois rejuvenesce o olhar, porém, o envelhecimento continua a decorrer e por isso, pode haver necessidade reintervenção.
Quem quiser fazer esta cirurgia, o que deve ter em conta?Primeiro, deve procurar um profissional qualificado (cirurgião plástico, cirurgião óculoplastico) e experiente para a realizar. Segundo, deve procurar esclarecer todas a dúvidas e garantir que as expetativas face à cirurgia e ao resultado esperado são reais. Por fim, deve procurar cumprir todas as recomendações que foram dadas e assumir uma atitude positiva, garantido desta forma, uma recuperação célere, segura.
Quais os possíveis riscos e complicações?Garantido o procedimento é realizado por um profissional (cirurgião plástico, cirurgião óculoplástico) competente e experiente, os riscos e complicações são muito reduzidos. Pode ocorrer uma reação adversa à anestesia, nódoas negras, lesão de estruturas adjacentes (muito raro, sobretudo numa primeira cirurgia), resultado não satisfatório (essencialmente quando não houve um esclarecimento prévio exaustivo e sobre resultados e expetativas). Pode participar na minimização de riscos e complicações cumprindo as instruções e recomendações da equipa médica, antes e após o procedimento.
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Pálpebra superior, uma semana é mais que suficiente. A pálpebra inferior tem uma recuperação mais lenta e ronda as duas semanas.
Onde é feita esta cirurgia?É feita numa sala cirúrgica, sob anestesia local ou local com sedação.
Quanto pode custar?Os valores podem variar entre os 2.000 e os 6.000 variando consoante a indicação clínica e procedimentos auxiliares necessários.
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