Quantos dias são precisos para mudar um hábito? Fomos descobrir, na primeira pessoa!

‘Quero deixar de comer açúcar.’ ‘Gostava de me deitar mais cedo.’ Estas frases são-lhe familiares? A nós também: com base na teoria dos 21 dias, a VERSA aceitou mudar os seus hábitos e reportar todas as dificuldades e conquistas que, no final do dia, são mais do que números. Todos os sábados publicamos as nossas conclusões.

Os números podem ter um input da ciência, mas na realidade a resposta é aquela que nenhum de nós quer ouvir – ele dependerá única e exclusivamente de nós. Muitos são os artigos de lifehacks e livros de especialistas que dão 21 dias como o timeline perfeito para abdicarmos de manias antigas e as substituirmos por algo que provavelmente estará na nossa bucket list. A ideia veio de Psycho-Cybernetics, um livro de 1960 escrito pelo Dr. Maxwell Maltz, no qual este deadline era referenciado como uma métrica observada tanto em si como nos seus pacientes. À medida que o livro se tornou cada vez mais popular – mais de 30 milhões de cópias vendidas depois – a sugestão dos 21 dias tornou-se facto assumido.

O nosso cérebro gosta de hábitos porque nkos tornam as tarefas mais fáceis e libertam espaço mental para outras. Pensem comigo: quando nos sentamos num carro e colocamos o cinto por impulso esta tarefa envolve zero esforço. E não é por acaso que muitas das pessoas mais bem-sucedidas do mundo atribuem parte do seu êxito à rotina. A questão é que, por vezes, transformamos comportamentos não tão benéficos em hábitos que libertam dopamina para o nosso cérebro e, trocando por miúdos, nos fazem mais felizes. E estes hábitos prazerosos são os mais difíceis de quebrar (olá, tabaco).

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O primeiro passo, já sabemos, é admitir ou, se quisermos usar uma linguagem mais user friendly ao século XXI, tomarmo-nos conscientes. Observar esse hábito, perceber o que lhe é familiar, evitando todas os docinhos espalhados pelo caminho que nos levam à casa de açúcar, pode ser o passo seguinte. Outra estratégia comumente utilizada é a sua substituição por outra atividade ou algo semelhante que engane o cérebro ou que nos distraia. Só precisamos de um propósito, confiança, organização certa para encaixá-lo no nosso dia-a-dia, disciplina e uma dose de bondade para com as nossas falhas... Ufa, que canseira.

“Nesta sociedade impaciente, baseada na cultura do ‘quero tudo já e sem esforço’, mudar de hábitos tornou-se um suplício”, escreveu a psicóloga Patrícia Ramírez num artigo publicado no El País: “Não porque seja difícil”, continua, “mas porque não abrimos espaço suficiente para que se torne um hábito”. A plasticidade do cérebro é uma característica que nos esquecemos de exercitar (pudera, não há selfie frente ao espelho do ginásio que a apanhe...) e uma vez que a reorganização cerebral é estimulada ao longo de toda a vida, as boas notícias é que não existe uma única etapa em que não possamos aprender algo novo.

E voltamos ao início: pode levar um dia ou 765 a adquirir um novo hábito (e quem está a contar, afinal?). Há uns mais fáceis do que outros, há quem tenha mais disciplina e força de vontade. A única timeline correta é a que resultar para nós e sabermos que o melhor momento para começarmos algo que queremos fazer é agora. E depois é, como explica Emília Alves, coach da Oficina da Psicologia: “O mais interessante nesta tomada de decisão de mudar alguns hábitos é a constatação rápida de que pequenas ações produzem efeitos muito significativos e gratificantes num prazo relativamente curto. Por vezes, surpreendentemente curto!”.

Lê as mudanças de hábitos e os desafios de 21 dias da VERSA, todos os sábados, são eles: dormir mais cedo, abandonar o açúcar, beber mais água e vestir uma mini-saia.

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