Elvis: um filme frenético, megalómano e borbulhante

Um balde de pipocas na mão, uma bebida na outra e estamos prontos para ver a cinebiografia daquele que é considerado o rei do rock’n’roll, Elvis Presley.

Elvis, um filme realizado por Baz Luhrmann, percorre a trajetória do músico da juventude até à sua trágica morte após uma paragem cardíaca aos 42 anos, em 1977. Luhrmann acertou em cheio quando escolheu o tema central deste filme: o relacionamento com o empresário de Elvis (interpretado por Austin Butler), o Coronel Tom Parker, uma figura controversa na vida do músico – que é interpretado por Tom Hanks.

Elvis Presley x Tom Parker: uma relação de obsessão

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Durante 20 anos foi Parker quem geriu a carreira de Elvis Presley e fê-lo sempre com rédea curta e com uma obsessão gigante pelo controlo. O empresário quase que não deixou que o cantor se apresentasse fora dos USA. Na conferência de imprensa, em Cannes, aquando da estreia mundial do filme, Tom Hanks definiu a sua personagem como: “Um bandido barato que jogava sujo”.

Apesar de, no filme, o lado mais soturno de Tom Parker não ter grande projeção, é fácil de perceber a relação que ambos tinham. Além disso, Tom Hanks tem bons momentos de narração que entrega com grande generosidade uma visão bastante completa do empresário.

Uma história picotada com um visual soberbo

Escolher retratar praticamente toda a carreira de Elvis Presley num filme com pouco mais de duas horas, não é tarefa fácil. Nessa corrida desenfreada, é compreensível que muitos dos momentos passem num abrir e fechar de olhos. Mas podem também ser um problema para quem idolatra o músico norte-americano e sabe que momentos passados ao lado da mãe, o trabalho de Elvis como ator ou mesmo a relação do artista com a comunidade negra em que cresceu foram importantes na sua vida e neste filme servem apenas de meras pinceladas. Os takes mais longos estão concentrados apenas no período da residência em Las Vegas.

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Podemos até sair da sala de cinema com a ideia que vimos trechos soltos de uma história, mas ao mesmo tempo saímos de lá com com I Can’t Help Falling in Love na ponta da língua, outra vez. Baz Luhrmann é exímio a tirar proveito da genialidade musical para criar cenários mágicos e ao mesmo tempo imersivos que trazem para o grande ecrã essência e magnetismo.

Elvis já se encontra disponível nas salas de cinema portuguesas – e estreou-se no passado dia 23 de junho.

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