ConVERSA com influente empresário indiano é um elogio a Portugal

Samir Modi faz parte da moderna economia indiana. Eu queria saber mais sobre a Índia. Ele só falava de Portugal. Mas encontrámos um caminho. Para a conVERSA sobre a sua nova marca e a escala de Portugal para inspirar o gigante asiático.

Empreendedor? Empresário? Investidor? Samir Modi prefere apresentar-se como “apaixonado”. Pela vida, pelo mundo, pelas pessoas, pela arte, pela estética, por peças onde sente a impressão digital do artesão, por compras (shopaholic assumido), e, entretanto, e entre tantas paixões, declara-se a Portugal. Um namoro antigo que o faz atravessar continentes só para não sofrer dessa saudade tão portuguesa, mas que, mesmo com outro passaporte, a sente. Até porque “somos tão parecidos” como salienta, sempre que pode, como quem cria pontes sucessivas num (re)encontro entre os dois países. Agora, numa versão contemporânea.

Ao seu lado está a arquiteta portuguesa Joana Marcelino. Conheceram-se há menos de um ano em Nova Deli, e foi a este talento nacional que o presidente executivo da Modi Enterprise entregou a direção artística e a curadoria da Benares Bhang, uma nova marca no segmento de luxo que irá inaugurar a primeira concept store na capital indiana, este verão. Mas o empresário (ou um homem de muitas paixões, como prefere), não veio, desta vez, em turismo. Trinta anos depois de ter sonhado a Benares Bhang, a poucos meses de concretizar este sonho adiado, Portugal “é o lugar ideal” para começar esta história. E a história resume-se, ou concentra-se, no nosso saber fazer à mão. No handmade in Portugal. Nas artes e nos artistas nacionais. Que Samir Modi quer nesse novo santuário para os entusiastas de luxo na Índia, mercado que continua em expansão.

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“Quando conheci Portugal, descobri lojas cheias de criatividade e tantas peças feitas à mão. E senti que tinha aqui uma oportunidade de realizar o meu sonho antigo, ter uma concept store com coleções exclusivas e edições limitadas, peças únicas com uma história e que não são repostas. Onde se encontra sempre uma novidade, uma curiosidade. E Portugal é o lugar ideal para concretizar este desejo” conta Samir. Com o projeto de arquitetura a avançar na Índia, Samir Modi e Joana Marcelino fizeram uma verdadeira roadtrip pelo nosso país, com paragens em marcas e empresas nacionais selecionadas pela arquiteta com potencial para integrar o conceito Banares Bhang. Manufatura, exclusividade, excelência, qualidade, design.

Na inauguração (estão previstas mais cinco lojas na Índia até final do ano), serão seis nomes nacionais presentes entre a rigorosa curadoria: Herdmar Cutelery, Claraval, Porcel, Ivo Cutelery, Viúva Lamego e Manulena. “Na Índia encontrei a ancestralidade do conhecimento, que é respeitado e passado de geração em geração. De Portugal levo o melhor da nossa produção, do nosso design, do nosso fazer à mão. Há uma visão europeia e internacional que levo, até com a criação de coleções exclusivas assinadas por reconhecidos designers, alguns portugueses” explica Joana Marcelino.

“Das minhas aventuras e do desejo de viajar, enraizou-se uma visão: criar um santuário único, uma marca com a essência das minhas explorações pelo globo. Uma concept store onde cada peça conta uma história de descoberta. Na Banares Bhang, fazemos uma curadoria de tesouros que refletem a essência do luxo. Da mística dos cinzeiros à delicada complexidade de um guarda joias, do brilho dos óculos ao quente das velas, cada peça é uma obra-prima em si. Imagine loungewear tão indulgente, que nos transporta para reinos de conforto, ou joias e botões de punho que sussurram histórias de artesanato e património” descreve o empresário.

E nesta conVERSA, e neste (re)encontro entre países mais próximos do que distantes, Samir Modi, um homem de paixões, sabe como nos deixar apaixonados. “Imagine, neste santuário até o ar é perfumado com a fragrância das melhores flores de seda do mundo, e cada canto tem tesouros vintage à espera de serem descobertos. Banares Bhang não é apenas uma loja, é uma narrativa tecida com fios de paixão, exploração e um compromisso de ter o luxos mais excecional do mundo” conclui. Uma narrativa que também fala em português.

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