Afinal, Shein é ou não culpada?

Enquanto todas as atenções estão voltadas para a Shein, um novo relatório revela que vários fornecedores da ultra fast fashion impõem semanas de trabalho de 75 horas aos colaboradores.

Entre denúncias de casos de plágio, violação de direitos de autor e exploração laboral, são muitas as polémicas à volta da Shein, que recentemente viu ser imposta por França uma nova taxa especial que pretende combater o problema ecológico desta ultra fast fashion que coloca na sua loja online seis mil peças por dia.

Indiferente a tudo e a todos, a empresa chinesa não mostra intenções de tirar o pé do acelerador, nem muito menos em diminuir a frequência com que lança novos produtos para o mercado, alimentando cada vez mais a sede de consumo por peças a preços atrativos.

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No entanto, desta vez não foi a Shein a estar no centro da polémica, mas sim algumas fábricas na região de Guangzhou, no sul da China, que fornecem a gigante chinesa.

Segundo um relatório da Public Eye, um grupo suíço que centra atenções na defesa dos direitos humanos, os colaboradores destas fábricas ainda enfrentam semanas de trabalho de 75 horas, ou seja, trabalham em média 12 horas por dia, seis ou sete dias por semana. Já os salários permanecem praticamente iguais desde 2021 e estão abaixo do salário mínimo na China.

Apesar de a Shein não divulgar a sua lista de fornecedores, a Public Eye revelou ter identificado as fábricas com base nas respostas de 13 dos trabalhadores entrevistados.

Em resposta ao relatório, a Shein revelou desconhecer muitas das alegações e destacou que o relatório se baseia numa pequena amostra de colaboradores. Já em 2022, a empresa chinesa tinha anunciado a intenção de investir 14 milhões de euros para modernizar as fábricas dos fornecedores, numa resposta às acusações de exploração laboral das quais é alvo.

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