Correr é uma prática desportiva com muitos adeptos em todo o mundo. Existem grupos de corrida espalhados por todo o mundo, para não falar no circuito de corridas que atraem desportistas de todas as latitudes. Mas praticar este desporto pode não ser sinónimo de rapidez.
Um artigo publicado no jornal Financial Times relata a experiência de uma jornalista que participa numa sessão de corrida num grupo de slow runners. Emma Jacobs relata a experiência como “extremamente agradável”, caracterizando a atmosfera do grupo como “convivial e inclusiva”.
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Para Chris Bennet, treinador principal da Nike Running Global contactado para este artigo, esta é a abordagem certa à corrida. “A verdade é que demasiados corredores, especialmente os novos, correm demasiado rápido quando deviam estar a correr devagar", diz. “Depois, a corrida torna-se demasiado difícil e acabam demasiado e sentem que não são suficientes”.
Para o treinador da Nike, essa é a explicação para que muita gente odeie correr. “Não odeiam correr. Odeiam correr da forma errada”, pode ler-se.
Mas correr devagar também pode ser benéfico para os corredores mais em forma. David Roche, um treinador de corrida sediado no Colorado, citado no mesmo artigo, afirma que a corrida fácil é a chave para a melhoria de um corredor e deve abranger pelo menos 80 por cento do treino da maioria dos atletas.
“O treino abaixo do limiar aeróbico, que é mais lento para a maioria dos atletas, melhora a função mitocondrial e a e a capilarização das fibras musculares, o que permite ao corpo processar mais oxigénio a ritmos mais rápidos mais tarde”.
Ou seja, isto quer dizer que as corridas feitas em tempos mais rápidos só são possíveis devido às adaptações do corpo que ocorrem nas corridas fáceis.
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