Desde pequenos que estamos familiarizados com a expressão “dor de burro”, cientificamente também conhecida como Dor Abdominal Transitória Relacionada com o Exercício (ou, em inglês, Exercise Related Transient Abdominal Pain (ETAP)).
Mas que dor é esta? Nada mais do que uma dor localizada, comum na região lateral média do abdómen, que habitualmente surge durante a prática de exercício físico intenso, especialmente na posição vertical, como numa corrida.
E foi precisamente a correr que Bárbara Koehler Osório, professora de ioga e estudante de Ciências Aplicadas do Exercício, sentiu a tal “dor de burro” e aplicou uma técnica que, promete, faz com que a dor passe num ápice.
“Tens que inspirar pelo nariz e encher a barriga de ar. Por mesmo a mão em cima da barriga para que a sintas a expandir. Depois, expiras pela boca tipo ‘ah’. Fazes isto duas, três, quatro vezes – e podes ter que abrandar um bocadinho porque estás a mexer muito na zona abdominal – e vais ver como passa em segundos”, explica.
A técnica parece fazer sentido dado que uma das possíveis causas para a “dor de burro” tem que ver com a má irrigação sanguínea do músculo que divide a cavidade torácica da região abdominal, contudo, não há nenhum método comprovado cientificamente para o alívio da “dor de burro”.
“As estratégias são pouco credíveis, especialmente porque a etiologia da dor continua a não estar totalmente elucidada”, adverte João Torres, médico especialista em Ortopedia e Traumatologia do Hospital Lusíadas Porto, no site do grupo Lusíadas.
Já para previr, o especialista aponta três dicas:
- Evita ingerir grandes volumes de alimentos e de bebidas durante pelo menos duas horas antes do exercício, especialmente compostos hipertónicos;
- Melhora a postura, especialmente na região torácica;
- Aumenta o apoio dos órgãos abdominais, melhorando a força do “core” ou usando uma cinta larga de suporte.