O truque para conseguirmos combater a hipertensão arterial passa por, à medida que envelhecemos, praticarmos exercício físico de forma consistente. E se quando somos mais jovens não é um problema mantermo-nos ativos, com o avançar da idade não se pode dizer o mesmo.
Um estudo desenvolvido pela Universidade da Califórnia San Francisco (UCSF) e publicado no American Journal of Preventive Medicine corrobora que “manter a atividade física durante a idade adulta jovem - a níveis mais elevados do que os anteriormente recomendados - pode ser particularmente importante para prevenir a hipertensão”.
Mais de 5100 adultos foram recrutados para o estudo desenvolvido por Kirsten Bibbins-Domingo, acompanhando os participantes em avaliações físicas e questionários sobre os seus hábitos de exercício, tabagismo ou consumo de álcool ao longo de 30 anos.
Em cada avaliação clínica, a pressão arterial foi medida três vezes com um minuto de intervalo, tendo os participantes sido agrupados em quatro categorias, por raça e género. Entre homens e mulheres de ambos os grupos raciais, os níveis de atividade física diminuíram entre os 18 e os 40 anos de idade, com um aumento dos níveis de hipertensão e uma diminuição da atividade física nas décadas seguintes.
Este dado sugere que a idade adulta jovem “é uma janela importante para intervir na prevenção da hipertensão na meia-idade através de programas de promoção da saúde concebidos para aumentar o exercício físico”.
“Quase metade dos nossos participantes na idade adulta jovem apresentavam níveis de atividade física abaixo do ideal, o que foi significativamente associado ao aparecimento da hipertensão, indicando que precisamos de elevar o nível mínimo de atividade física”, explica Jason Nagata, um especialista da UCSF em medicina, citado pelo site Science Alert.
Fazer cinco horas de atividade física semanal, constatou o estudo, baixou os níveis de hipertensão consideravelmente, especialmente mantendo essa rotina até aos 60 anos.