Madonna não é só uma figura incontornável no mundo da música, é uma artista em constante performance, dentro e fora de um palco. Gostem ou não, ela é disruptiva, não quer saber de padrões normativos e, para onde quer que vá, um espetáculo disruptivo acompanha-a. Tudo isto começa na forma como se veste, ou seja, como se expressa.
Roupas impreterivelmente ousadas, num estilo inovador ou, pelo menos, demasiado moderno para muitos. É seletiva na hora de escolher os designs das peças que veste e nas atuações dos últimos anos chegou a ser vestida múltiplas vezes pelo grande Jean Paul Gaultier e disso ninguém se esquece. Agora é Guram Gvasalia, diretor criativo da Vetements, quem lhe desenha os próximos looks em palco.
E se Madonna é de extremos, a Vetements não lhe fica atrás. Aliás, ainda que se tenha estreado em 2010, falamos de uma marca que hoje é comparada a uma Balenciaga (lembrando a melhor versão da Casa espanhola), pela forma exagerada como aborda as suas criações. Redefine proporções e explora o expectável. Talvez seja uma daquelas marcas que traz a estranheza de que tanto precisamos (e de que a Versa fala na newsletter de hoje).
No horizonte já todos falam de qualquer coisa memorável e é esta a palavra que antecipa, com grande expectativa, os looks de Madonna para a digressão internacional Celebration, que chega à Altice Arena, Lisboa, a 6 e 7 de novembro. Não são aqueles tempos icónicos com Gaultier, mas é Gvasalia. O resultado desta equação só pode ser épico.