Nos últimos 10 anos, havia um nome que se incontornável quando alguém procurava um vestido que se destacasse entre tantos outros: Susie Cave. Os vestidos da ex-modelo, mulher de Nick Cave e fundadora da marca The Vampire's Wife foram usados por membros da realeza, atores, músicos e artistas.
The Falconetti, o vestido mais icónico da marca, destacou-se em 2018 ao ser usado por Jennifer Aniston e Rachel Weisz, antes de alcançar o ponto alto quando a Princesa de Gales foi pintada com a edição verde-esmeralda para o seu retrato oficial por Jamie Coreth, em 2022.
Por isso, o recente anúncio atingiu todos de surpresa: The Vampire’s Wife vai fechar portas. Quando uma marca que veste nomes como Kate Middleton, Siena Miller, Kylie Minogue ou Alexa Chung decide sair do radar, a pergunta que se impõe é apenas uma: porquê?
Em comunicado, a marca avançou que “apesar de um período de crescimento e vendas positivas, a agitação no mercado grossista teve implicações dramáticas para a marca. The Vampire's Wife gostaria de expressar os seus sinceros agradecimentos a todos os clientes, parceiros e a todos aqueles que usaram a marca nestes últimos 10 anos. O vosso apoio tem sido inestimável e estamos profundamente gratos.”
Na sua conta de Instagram, Susie Cave também partilhou a decisão com tristeza, mas sem avançar com pormenores. “Digo isto com grande tristeza e quero expressar a minha eterna gratidão a todos vós pelo vosso apoio. Quero agradecer à minha família alargada na The Vampire's Wife, que me ajudou a criar coisas tão bonitas. Não consigo descrever o quanto todos vocês significaram para mim”.
O jornal The Independent refere que “é difícil descrever a influência que uma marca pode ter em toda uma indústria, especialmente quando o mercado atual está cada vez mais saturado de marcas de pequena escala que operam maioritariamente através das redes sociais”.
“Não se estava apenas a comprar uma marca, estava-se a comprar algo com significado”, refere a jornalista Olivia Petter. “Tive a sorte de usar os modelos da Cave em várias ocasiões, incluindo férias e casamentos. A ocasião mais memorável, no entanto, foi quando usei um dos vestidos fúcsia da marca até ao chão no mais improvável dos cenários: o funeral de uma amiga próxima. A sua morte foi repentina e todos nós optámos por usar cor-de-rosa para celebrar a sua vida. Vibrante, alegre e coberto de folhos e redemoinhos, aquele vestido foi a roupa mais adequada que me ocorreu; fez-me sorrir”.
Apesar de não existirem mais explicações para o encerramento, esta não é a única marca a fechar portas. A estilista Mara Hoffman também anunciou que vai encerrar a sua marca, ao fim de 24 anos, e que a sua coleção de verão deste ano será a última.