Se há uma fragrância que encapsula o espírito dos anos 60 e 70, é o inconfundível patchouli. Com origem na Índia e no Sudeste Asiático, o patchouli é extraído das folhas da planta Pogostemon Cablin e é conhecido pelo seu aroma terroso, amadeirado e ligeiramente doce.
Foi durante essas décadas que o patchouli ganhou destaque no mundo ocidental, anos marcados por mudanças, pelos movimentos hippie e pela procura de uma vida mais conectada à natureza e à espiritualidade. O patchouli, com o seu aroma natural e exótico, encaixou-se perfeitamente nesta nova filosofia de vida.
Apesar de alguns considerarem o patchouli um cheiro "datado", nunca saiu verdadeiramente de moda. Na realidade, muitos perfumes modernos continuam a conter este óleo essencial nas suas criações, reinventandos para uma nova geração.
O patchouli é frequentemente encontrado em perfumes de luxo, onde é utilizado para adicionar profundidade e riqueza às fragrâncias, como é o caso dos perfumes Coco Mademoiselle, Miss Dior Chérie, Idylle, da Guerlain, For Her, de Narciso Rodriguez e Uomo, de Roberto Cavalli (na verdade, a lista é interminável).
Além de todos esses perfumes, podes sempre encontar notas de patchulli em algumas fragâncias mais acessíveis, como é o caso da Zara. O perfume “Fleur de Patchouli” mistura a base terrosa do patchouli com notas florais, criando uma fragrância sofisticada e moderna.
Para além de ser usado na área da perfumaria, o patchouli também tem um papel importante na aromaterapia moderna. Acredita-se que este cheiro tem propriedades calmantes e antidepressivas, tornando-se um ingrediente popular em óleos essenciais e produtos de bem-estar.