Têm uma aparência que as aproximam de um calçado ortopédico, mas com o tempo transformaram-se num símbolo de moda. A marca alemã Birkenstock estreou-se na bolsa de Nova Iorque esta quarta-feira e, apesar de a sua entrada em Wall Street não ter sido fulgurante, o jornal New York Times dedica um longo artigo a explicar como estas sandálias com palmilhas de cortiça transitaram dos pés de hippies e de cientistas para as passereles de moda e passaram a ser usadas por figuras como Steve Jobs.
A longa história da Birkenstock remonta a 249 anos, quando foi fundada na Alemanha, mas a transformação que a tornou uma marca irreverente e considerada cool começou em 2012, quando Phoebe Philo, diretora da casa de luxo francesa Céline, usou um modelo parecido com as Arizona Sandals na Semana da Moda de Paris e deixou a indústria intrigada, escreve o jornal norte-americano.
Em 2013, com a chegada de Oliver Reichert à empresa, a Birkenstock cresceu as suas vendas e os seus canais de distribuição. Com o tempo, a marca tornou-se conhecida do grande público e, em 2022, o modelo Boston foi o sapato mais procurado do ano, de acordo com a plataforma de compras Lyst. Kendall Jenner contribuiu em parte para o sucesso da marca, depois de ter surgido em público com um modelo das sandálias. E como se não bastasse, Margot Robbie usa umas Birkenstocks rosa nas cenas finais de Barbie, um dos filmes mais rentáveis do ano em todo o mundo.
Uma das novidades da marca é a introdução de uma nova coleção em camurça que replica o efeito de bombazina. Os novos modelos estão disponíveis no site da Birkenstock a partir de €130.