Papa Francisco | Fotografia: Vatican Media, Getty
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Papa Francisco muda o panorama da moda, mesmo sem usar Prada

Não vamos falar das vestes do Papa Francisco na Jornada Mundial da Juventude, mas vamos falar do cenário de moda italiana que mudou graças ao chefe da Igreja Católica.

Alguns dos designers mais conceituados na indústria da moda, à frente de casas como Fendi ou Dolce & Gabbana, não se mostram indiferentes ao espírito de um Papa que, quer se ama quer se menospreze, é conhecido pela sobriedade e recato das suas escolhas, principalmente quando comparado seu antecessor, com uma abordagem de vestuário bem menos pomposa. Aliás, quem não se lembra dos famosos sapatos Prada do Papa Bento XVI? Papa Francisco erradicou a ostentação e adornos supérfluos das suas vestes, impactando assim as criações de algumas Casas de moda.

A propósito desta matéria, a Vogue britânica cita a co-designer da Fendi, Silvia Venturina Fendi para dar a conhecer uma visão da moda italiana que coloca o Papa Francisco como "um espírito totalmente novo em Roma" e que por isso tem impacto no panorama da moda. Sendo esta indústria alimentada pelos momentos de transformação e dos desfechos socio-culturais é natural que a mais alta figura da Igreja Católica que tanto tem dado que falar se manifeste e se faça presente em novas visões nas mais diversas áreas e a moda em Itália não podia estar fora de cena.

"Isto é evidente quando temos um novo Papa que regressa ao verdadeiro cristianismo, que ultimamente estava longe da igreja. As pessoas estão à procura de significado e o verdadeiro significado da moda é como uma ferramenta para nos expressarmos. Por vezes, a moda esconde a nossa linguagem, mas nós procuramos o significado nos materiais e nos tecidos para permitir que a verdadeira personalidade se manifeste", acrescenta Silvia Venturina Fendi, tendo ainda assumido que talvez seja importante “dar à moda um significado diferente”.

Além das escolhas mais sóbrias, é também verdade que o pontífice italiano tem desencorajado membros da Igreja Católica a serem menos materialistas e é a esta humildade que Suzy Menkes, do The New York Times, se refere, ao falar sobre aquilo que podemos chamar de uma nova Era mais sóbria para as Casas de moda italianas, ou uma abstinência de artíficios. 

Se por um lado vimos um vestido vermelho de Valentino a lembrar as tradicionais vestes dos cardeais, por outro, vemos as referências às igrejas do sul de Itália nas propostas da Dolce & Gabanna.

 

 

As criações dos designers emergentes de Itália também são agora bem mais sóbrias e mesmo que possamos culpar a estética presente em algumas tendências atuais, como o "Quiet Luxury" que aqui tanto falamos, os especialistas na matéria não têm dúvidas de que o Santo Padre entra nesta nova equação de moda.

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