É preciso recuar à Segunda Guerra Mundial para compreender a ligação entre Elizabeth Larner e Albert Grafstein, um judeu negociador de diamantes que dirigia, juntamente com o seu irmão, a Grafstein Diamond Corporation.
Betty é o diminutivo de Elizabeth Larner, uma inglesa nascida em 1928 e filha adotiva de uma dama de companhia da rainha Maria, avó da rainha Isabel II. Aos 18 anos, Betty muda-se para Nova Iorque com o namorado, um playboy que pouco depois a abandona com um filho recém-nascido.
Estamos no rescaldo da Segunda Guerra Mundial e Betty trabalha como secretária na Pepsi Cola, altura em que conhece Albert Grafstein, um conhecido negociador de diamantes com quem viria a casar.
Ela tinha 25 anos, ele 49 e já uma filha, Barbara Berger, habituada ao universo da alta joalharia e que, segundo o New York Times, comprou o seu primeiro par de brincos Chanel numa feira da ladra em Paris.
Albert Grafstein viria a adotar Roger, filho do primeiro casamento de Betty, que é quem dirige atualmente a Grafstein Diamond Corporation, uma empresa importadora de diamantes, juntamente com o filho do outro irmão Grafstein.
O casamento de Betty Grafstein dura até 1991, ano em que Albert Grafstein viria a falecer, tornando Betty herdeira de um império de diamantes e de uma joalheira em Nova Iorque, que ainda existe.
E é em meados da década de 90 que Betty Grafstein conhece José Castelo Branco, na altura negociador de arte, numa festa do artista plástico Júlio Quaresma. Os dois viriam a casar em 1996 e a relação mantém-se até hoje.