O projeto “Burberry Landscapes” nas Ilhas Canárias e na África do Sul
Design e Artes

É Burberry, mas olha duas vezes. Não é o tradicional cachecol de cachemira

A arte pode assumir muitas formas e até ser sinónimo de luxo sustentável.

À primeira, é preciso olhar duas vezes. Confuso? É que, apesar de estarmos a falar da Burberry e do seu tradicional padrão, o que vemos é arte criada literalmente na terra. O projeto artístico chama-se “Burberry Landscapes” e trata-se de obras que ocupam uma enorme dimensão de paisagem com o famoso xadrez da marca de luxo britânica.

Esta land art é uma série de obras criadas ao ar livre, visíveis principalmente do céu, que reproduzem com precisão o padrão que estamos habituados a ver nas peças da marca, mas que, neste caso, recorre a artistas para comunicar valores da Casa de moda, tais como a preocupação com o luxo sustentável, o gosto pela aventura e a crença que a criatividade abre novos caminhos.

Recorde-se que há mais de 160 anos, o fundador Thomas Burberry reimaginou as possibilidades da vida ao ar livre, equipando os exploradores nas suas aventuras.

As obras foram instaladas em dois territórios diferentes. A primeira nas Ilhas Canárias, mais precisamente na ilha vulcânica de Hierro. Aqui, o artista contemporâneo cubano Jorge Rodriguez-Gerada deu vida às cores da Burberry através de uma tinta ecológica feita a partir de leite, totalmente biodegradável.

"Uma das coisas de que gosto de usar neste processo de pintura é criar a partir de minerais. Então, enquanto misturas as tuas cores, é como alquimia. Nunca sabemos que quantidade funciona num momento ou noutro, porque cada tipo vai surgir com uma certa densidade. Tudo acontece à nossa frente, para que possamos aproveitar o momento” diz Jorge Rodriguez-Gerado no comunicado da marca.

O segundo projeto pode ser visto na região do Cabo Ocidental, da África do Sul. Desta vez, a exibição vibrante do artista foi plantada à mão por equipas locais especializadas, que combinaram as cores icónicas da Burberry. As 104.000 plantas utilizadas na instalação foram cultivadas a partir de sementes e foi usada água proveniente de uma barragem de captação de chuva. Para garantir que o prado de pastagens foi devolvido ao seu estado original, as plantas foram plantadas de forma a se decomporem naturalmente.

No fundo, há aqui a vontade da marca através destas “obras verdes” de nos levar a repensar o mundo que nos rodeia e a cumprir os objetivos que traçou no final de 2021, quando anunciou que se quer tornar numa empresa com um impacto positivo no ambiente até 2040, através, por exemplo, da produção de algodão, couro e lã mais sustentáveis, bem como poliéster reciclado e nylon.

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