São os chamados “problemas de primeiro mundo…”. Irrelevantes até serem relevantes. E este passou a ser meu: Como se volta à vida sem o nosso guest experience personal assistant (GEPA) do The Reserve, sem champanhe à espera num próximo aeroporto? Não se regressa. Ou regressa, mas com alguma dificuldade. Enfrento a realidade pós viagem à Madeira, consciente que há um antes e um depois. Antes, gostava de luxo. Depois, aprendi a gostar do ultra luxo. Sim, é um problema de primeiro mundo e tendo a (in)felicidade de me calhar a mim, abro uma garrafa de champanhe para conseguir falar dele.
Sentimos que é e que somos especiais logo após a reserva. A mala de viagem ainda nem está feita e entre mim e o meu GEPA, há já um diálogo atlântico para que o The Reserve me receba com uma experiência totalmente personalizada. E este pequeno grande detalhe de entender os desejos e as expetativas de cada cliente, e, desta forma, nunca vivi. Sem sair de Lisboa, já me conquistou. A Ilha da Madeira é-me familiar, desta vez, sinto que tenho um familiar à minha espera. Viajo para um território emocional, mas há ultra luxo sem emoção?
Sem estar à espera, o Aeroporto Internacional da Madeira já estava à minha espera com o serviço de acolhimento, aguardo pela bagagem no conforto do lounge reservado só para mim. À minha espera está também o transfer para o hotel (pode reservar-se um Rolls Royce) e a simpatia endógena da Madeira: “Aceita um flute de champanhe?”; como fazer essa desfeita?! Na viagem até ao centro do Funchal há o meu sorriso, o meu champanhe e a minha playlist, e penso: ou a minha fama precede-me, ou o GEPA fez um ótimo trabalho… “Mais um flute?” Mesmo um ótimo trabalho!
Indulgência? Extravagância? Onde faço o check-in?
O The Reserve está no mesmo edifício do Savoy Palace (o que permite experimentar os restaurantes Pau de Lume, Galáxia e até o spa do Palace), mas a entrada é feita por um lobby exclusivo e os 40 quartos e suites distribuídos apenas por alguns pisos do hotel. A minha Pool Suite com assinatura do atelier RH+ Arquitectos está decorada num estilo contemporâneo inspirado nas cores e na flora da Ilha da Madeira, intencionalmente cria a sensação de que entrámos num refúgio privado onde se acorda com vista para o mar. O luxo sente-se em cada detalhe do design de interiores e no ambiente de conforto e exclusividade. O terraço com vista para a baía do Funchal tem uma plunge pool própria e à temperatura certa. Agendo logo à chegada o dia para o pool breakfast, o pequeno-almoço servido na minha piscina.
A indulgência estende-se às roupas de cama luxuosas, aos amenities Bvlgari, à lista de serviços incluídos que vão desde o pequeno-almoço no quarto, cortesias diárias ou o unpacking & packing. Junta-se a tudo isto e a muito mais do que isto, o nosso GEPA privado com quem vou falando no WhatsApp ( disponível 24h por dia para mim), e que dá resposta a todos os meus pedidos, seja um transporte, o desejo inesperado de uma visita à Ilha, um artigo de farmácia que me é entregue no quarto em papel de embrulho e um laço, ou a disponibilidade para ajudar a encontrar uns óculos de sol perdidos. Quando digo que é difícil o regresso à “vida”, digo-o num exagero pouco exagerado. Não é só um serviço de excelência e uma estadia luxuosa. O The Reserve e a sua hospitalidade altamente personalizada, trata-nos sempre pelo nome próprio, como quem diz sem precisar de o dizer, esta extravagância que nunca sonhámos, é real e exclusivamente minha.
O Jacarandá Club é o coração deste boutique hotel e apenas os hóspedes do The Reserve têm acesso. O dia começa aqui com o pequeno-almoço à la carte com vista para o oceano e pode continuar por aqui, há serviço de all-day-food, no terraço uma piscina infinita com vista panorâmica do Funchal, jet pool e solário. Do nascer do dia ao pôr-do-sol, nas suas diferentes versões, este Club privado sabe sempre qual a que se adapta a nós.
Neste 16.º piso espera-me o primeiro jantar. O restaurante Nikkei tem menus de comida asiática à la carte ou de degustação e harmonização de vinhos específicos para esta gastronomia. O Chef Miguel Bértolo, consultor gastronómico reconhecido pela mestria na arte do sushi, criou para o Jacarandá este projeto que resulta numa fusão de ingredientes e técnicas do Japão com influências de cozinhas do mundo. Viajo numa incrível experiência gastronómica, desde a Tempura de camarão com amêndoas e maionese de kimchi até ao Donburi de carabineiro e enguia grelhada.
Entre o que a Ilha dá, o mar traz e a história ensina, cria-se todo um universo quando nos sentamos à mesa em qualquer um dos restaurantes no The Reserve ou no Savoy Palace. O Galaxy Skyfood com o conceito de fine dining, leva-nos a explorar a forma como os sabores de outras geografias se combinam com os da gastronomia madeirense. O ambiente é galáctico, a paisagem serena lá fora contrasta com as cores fortes e os tetos cintilantes, uma Madeira tipicamente atípica que se descobre entre Lapas - crocante de algas; Jaca – Caranguejo real, ouriço; Truta – chawanmushi, glaze de truta, laranja. A última experiência gastronómica está reservada no Pau de Lume. O ambiente é familiar, o fogo é o ingrediente principal desta cozinha, e depois da Tempura de Abacate, mel de cana e togarashi, escolho o Arroz de polvo no forno josper para acender o apetite.
Quando a visita é curta e a floresta Laurissilva não cabe nos planos, o segredo é fazer short cut. O Laurea Spa inspira-se precisamente neste património natural da Ilha e na brisa salgada do Atlântico que lá chega. Há encanto neste jardim que é a Madeira e encanta a magia da massagem de relaxamento que me prepara, física e mentalmente, para a agitação do dia em que na cidade se vive, orgulhosamente, a anual Festa da Flor.
“Pessoas extraordinárias procuram lugares extraordinários” diz o The Reserve. E, extraordinariamente, quem sou eu para o contrariar.
Na galeria de imagens podes descobrir os diferentes ambientes deste hotel.