É a abreviação de “delusional”, em português significa qualquer coisa como delirante, e traz consigo conteúdos sobre devaneios e delírios autoindulgentes, comportamentos e ações otimistas para alcançar sucesso na vida.
Não é delírio (existe mesmo) e tudo fica ainda mais delirante quando percebemos que Delulu é um termo do K-Pop agora usado no TikTok, mas também no Linkdin para falar de temas como relacionamentos, educação ou carreira. Na cultura K-Pop começou por ser usado para descrever a fantasia que os fãs desenvolviam ao acreditar que iriam namorar ou casar com os seus ídolos.
Dos palcos para os escritórios (e para a vida), Delulu serve para descrever momentos que, de certa forma, criam esperança ou ilusão, mas também como uma forma de proteção contra uma mentalidade excessivamente crítica. Um otimismo que pode ao mesmo tempo criar uma falta de noção da realidade, levando-nos, por exemplo, a acreditar que trabalhamos em determinada posição à qual nunca concorremos. Alguns criadores de conteúdos até sugerem “como ser delulu”: finja até alcançar; seja obcecado por si próprio; é proibido autossabotar-se; acredite que o que deseja, acontece… E por aí…
Segundo o pensamento Delulu, tem de se ser um pouco delirante para se alcançar qualquer coisa na vida. E no TikTok são muitos os vídeos que sustentam este pensamento, desde quem conseguiu uma progressão na carreira a quem tem um novo relacionamento amoroso, ou quem se despede sem qualquer plano de carreira acreditando que com o #delulu tudo vai correr bem. Os crentes Delulu romantizam a vida, e dizem que a vida flui melhor. Estarão a delirar?
Delulu parece ser assim a versão moderna do “Fake it Till you Make it”, ou o novo copo meio cheio. Para uns apenas uma tendência entre tantas nas redes sociais, para outros um contexto perigoso que levado ao extremo pode prejudicar a saúde mental, e há ainda quem fale no desejo das novas gerações controlarem um ambiente incerto, em particular no mundo do trabalho.
Se estamos todos DELULU? Sim, se o virmos como uma forma de se criar a própria sorte. E não como a única regra do jogo. No delírio, pede-se equilíbrio.
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