Influencers
Coolhunting

(Des)Influenciar. Será que existe?

Chegámos a pensar que era uma nova Era. Mas a influência dos influencers ainda é o que era. Ou maior.

Em semanas de comunicação massiva de Black Friday e de apelo ao consumo também para o Natal que se aproxima, voltamos a esse lugar e àquilo que já se entendia como a entrada na era da “desinfluência”, ou seja, a chegada de uma nova geração de influencers que não nos influenciam (supostamente) a comprar.

Recentemente, a CNN publicou o artigo Step aside,influencers e nele vinha toda uma nova cultura, menos materialista, com os influenciadores a encorajarem-nos não à compra, mas antes a não comprar. Mas não será apenas mais uma ideia que todos queriamos comprar?

A realidade (e na realidade) é que talvez seja pouco ética para o trabalho de um influenciador. Também é verdade que nos últimos tempos vimos muitos vídeos que podem ser classificados como #deinfluencing, onde por exemplo no TikTok, se repudiava a cultura dos influencers e se falava abertamente sobre como os gastos e compras excessivas e os vídeos virais contribuíam para um sistema capitalista insustentável dada a velocidade das tendências que todos os dias surgiam nas redes sociais. E sim, muitos vídeos eram na forma de mea culpa, influencers que, mesmo dependendo dessa forma de influenciar a compra de produtos, surgiam com reflexões sobre um consumo mais moderado e ponderado.

Mas como refere um artigo da Vox, assim que o hashtag “desinfluenciar” começou a funcionar, acabou por se tornar um argumento forte de influência e de vendas, e com o rótulo de “não estou a influenciar”, os vídeos passaram a surgir na forma de avaliações negativas a determinados produtos e com a sugestão de quais os que mereciam o nosso investimento. E enquanto se ouvia o discurso de “desinfluência” no TikTok, o próprio TikTok lançava uma loja que permitia a compra de um produto acabado de ver num vídeo e sem sair da aplicação.

Se acreditámos que uma tendência do TikTok podia trazer o fim do capitalismo? Provavelmente não, provavelmente queríamos que sim. Mas o que queremos precisa talvez de mais influência no mundo até porque a economia da influência está longe de desacelerar, segundo o Goldman Sachs o número de criadores de conteúdos deverá crescer entre 10% a 20%, nos próximos cinco anos. 

Design e Artes

Humidade em casa e nas janelas? Não ignores e segue estas dicas

A humidade em casa é das maiores ameaças no inverno e quando chega às janelas quase a ignoramos. Mas não só não devemos, como podemos combatê-la.

Coolhunting