Quem já aderiu à febre da Mercadona com a progressiva abertura de lojas em Portugal, terá entretanto criado uma lista de produtos favoritos. Mas é possível que os de há um ano não sejam os mesmos de agora, uma vez que de quando em quando a cadeia de supermercados espanhola retira produtos das prateleiras.
O mesmo acontece com outras cadeias de supermercados, como o Lidl, o Dia ou o Carrefur. A verdade é que num espaço de seis anos, um conjunto de cadeias de supermercados retiraram 3.666 referências de produtos de fabricantes tradicionais e introduziram 1.818 novos produtos das suas próprias marcas, segundo um relatório da Promarca no jornal elEconomista.
Mas a questão é: porquê?
Perguntámos à Mercadona, cadeia que, de acordo com o mesmo documento, cortou 45% das referências de fabricantes, ao mesmo tempo que, revela à VERSA, entre 2022 e 2023 comprou mais 49% (1.178 milhões de euros) a fornecedores portugueses no âmbito da marca própria Hacendado.
"O sortido da Mercadona, é um sortido vivo e, por isso, em colaboração com os fornecedores e interfornecedores especialistas, a Mercadona está a trabalhar continuamente para o melhorar, eliminando produtos que não acrescentam valor, melhorando a qualidade de outros e até recuperando algumas referências das quais O Chefe (cliente) tinha saudades porque nenhuma outra satisfazia melhor as suas necessidades", justifica Anabela Pontes, Responsável de Comunicação Portugal da Mercadona.
Só em 2023, foram feitas 500 melhorias no sortido, lançadas 314 novidades e feitas 20 inovações de produtos.
"Há sempre produtos a entrar e outros a sair das prateleiras por modelo da empresa e para poder satisfazer plenamente O Chefe (cliente) com um sortido eficaz, de qualidade efetiva e a um preço imbatível", continua a responsável.
Para a Mercadona, a variação de produtos nas prateleiras é "algo natural", tudo com o fim de oferecer ao cliente a melhor qualidade/preço disponível no mercado.