Claudia Ohana
Design e Artes

Claudia Ohana, de 60 anos, revela qual a sua filosofia de vida

Aos 60 anos, Claudia Ohana relembra o seu papel em 'Vamp' e conta-nos os seus segredos de bem-estar e de boa forma.

Estreou-se esta segunda-feira, dia 27, a novela brasileira Vai na Fé, que traz a leveza e mensagem de esperança no dia de amanhã. Em Lisboa, para a promoção deste projeto, encontrámos Claudia Ohana, a Dora de Vai na Fé, e aproveitámos para saber um pouco mais sobre a atriz que se tornou conhecida pelos seus grandes papéis em Vamp e Próxima Vitíma.

Dora é uma terapeuta holística e mãe de Lumiar, personagem interpretada por Carolina Dieckmann. Uma dupla poderosa e bem conhecida dos portugueses.

As telenovelas sobrevivem em horário nobre, quer na produção nacional, quer na produção da grande rede Globo.

No Hotel Dom Pedro nas Amoreiras, com 10 minutos cronometrados, temos o melhor do lifestyle de Claudia Ohana.

Estás prestes a estrear-te em Vai na Fé. É um lema que tens na tua vida? És esta pessoa positiva?

Na verdade, não totalmente. Mas trabalho o subconsciente para a positividade, tento ver o lado bom. Tenho feito sempre um esforço diário. Tenho foco nas coisas boas. Mais recentemente, acordo de manha, oiço coisas positivas e faço meditação. A minha personagem na novela, por exemplo, levou-me ao ioga e esta é a minha fase agora. Porque, além de elasticidade, dá-me uma paz incrível. E faço também frescobol. A minha filosofia de vida no momento é ser feliz. Buscar felicidade.

Foste protagonista em novelas, tens inúmeras participações em filmes e também em teatro. Há algum sonho que ainda não tenhas realizado profissionalmente?

Em todas as áreas. O sonho é importante e tem de existir sempre. Na verdade, o sonho tem de existir para ter o prazer. O sonho cria a necessidade de evoluir e melhorar. A gente precisa de conquistas e eu ainda não fiz algumas coisas, personagens, principalmente. Adoraria fazer A Megera Domada, de William Shakespeare. Estou a entrar numa idade que procura mais essas personagens teatrais. É que, na novela, não há uma obra que a pessoa persegue, e no teatro sim. Tens obras que dão essas personagens.

A tua personagem Natasha, em Vamp, pode quase ser comparada a Vandinha de Wednesday. Uma dança icónica. Um submundo. Achas que a Internet te prejudicou em relação ao que é hoje o poder do alcance das redes sociais?

Se tivesse redes sociais há 30 anos, não tenho dúvidas do que teria sido Natasha para fora do Brasil. Mas não teria o mesmo efeito que teve na altura porque só havia Globo nesta área. E, por isso, havia uma força muito grande de criar tendência. Uma só personagem lançou uma moda. Todo o mundo no Brasil vestiu-se de vampiro. Acho que não aconteceria da mesma forma hoje, por causa do streaming e da oferta.

Mas acho que Vamp seria hoje, certamente, uma novela de sucesso.

Redes sociais: como são para ti? que uso fazes?

Eu comecei por usar como um diário. Ia a qualquer lado e publicava. Sempre sabia o que estava a fazer naquele dia e era muito gostoso no início. Eu sempre gostei de Intagram, é a minha rede favorita, porque adoro a estética da foto. Antes, eu botava tudo, agora, a gente já faz uma seleção. E é lá que levanto algumas bandeiras: Mulher, Meio Ambiente, Idade. Em relação à mulher, tem a ver com empoderamento. O meio ambiente sempre me preocupou e a questão da idade é de me sentir como um exemplo, em que uma pessoa de 60 anos não tem vergonha de dizer qual é a sua idade. Uma necessidade até de procurar o respeito, porque no Brasil há muito preconceito com a idade. Há o culto da juventude. Assim, quando eu publico uma foto de biquíni é porque eu quero mostrar que tenho um bom corpo para envelhecer. Antigamente, eu publicava uma foto de biquíni e não era nada, hoje em dia, com 60 anos, é revolucionário – mulher de 60 pode-se cuidar.

Para o teu bem-estar, sem contar com o já falado exercício físico, tens rituais?

Tenho vários. Não abdico de comer e de dormir bem. Como de tudo e durmo entre 8 a 9 horas todos os dias.

Quais as principais diferenças entre a Cláudia de há 30 anos e a Cláudia de hoje?

Muitas diferenças. Quanto mais você vai envelhecendo, mais você vai ficando você mesma. Você, com os seus defeitos, e as suas qualidades. Sinto que as cores da minha personalidade se assentam. Com 28 anos , eu tinha mais paciência porque tudo é novo quando somos novos. Com 60 anos, pouquíssimas coisas são novas. Temos menos paciência e por isso damos mais valor a tudo. Hoje, por exemplo, identifiquei a felicidade ao acordar e ver o Tejo.

Sabemos que adoras roupa. Que look te identifica?

Sou bastante descontraída. Eu amo roupa e no meu guarda-roupa tem de ter de tudo. Eu, na vida, sou muito calças largas e camisa. Mas o que me descreve mesmo é um vestido longo florido e esvoaçante.

Lisboa recebeu-te bem?

Sim, muito mesmo. Sempre.

 

 

 

 

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