Demarca | Fotografia: D.R.
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Demarca: joias portuguesas sem pedras, brilhos ou outros artefactos

As joias da Demarca são minimalistas porque nelas "impera a forma por si só".

Pedro e Miguel Barbosa são irmãos, um formado em Ciências do Desporto e o outro em Gestão de Marketing e em Economia e Gestão da Inovação, respetivamente. Mas também se pode dizer que ao longo de toda a vida foram se formando em ourivesaria.  

São a terceira geração de uma família ligada a esta área e, como tal, Pedro (25 anos) e Miguel (33 anos), não quiseram quebrar a tradição. Em outubro de 2023 lançaram a Demarca, projeto no qual os irmãos se desafiam a elevar todo o “potencial criativo”.  

"Pretendíamos criar algo subjacente a uma forte identidade – específica – na qual imperasse a singularidade e atenção ao detalhe, aliada ao ambiente urbano onde esta se move e coaduna”, diz Miguel Barbosa, co-fundador da marca, à Versa.  

 

Por isto, e também por pretenderem “explorar novas abordagens”, a Demarca redundantemente se demarca das restantes referências de ourivesaria em Portugal. A principal aposta é o minimalismo, que dispensa qualquer tipo de ornamentos, pedras preciosas ou outras exuberâncias.  

O segredo desta nova marca portuguesa é, assim, a simplicidade, que se vê desde logo na primeira coleção, a Femina, com 50 peças em prata de lei 925 manufaturadas ou assembladas em Portugal, entre escravas e colares, dirigidas a “todas as mulheres que não descuram de um apontamento que destaque o seu cunho pessoal.” 

“Acreditámos neste princípio estético de simplicidade para esta coleção, algo que permitisse uma leitura direta – na qual impere a forma por si só”, diz Miguel Barbosa.  

Fundada por dois homens para todas as mulheres 

Tal como indica o nome da primeira coleção lançada com o arranque do projeto, Femina, esta marca nasceu para as mulheres. São elas o foco das duas mentes criativas masculinas desde o início, no entanto, ainda que os fundadores sejam homens, a equipa é bastante diversa.

“Curiosamente, a nossa equipa é equitativa no que respeita à representatividade de género, sendo um fator que acaba por gerar externalidades ao processo criativo”, nota Miguel. A partir desse processo inicia-se um jogo que desafia a juntar a criatividade com as tendências de moda atuais, sem que isso comprometa a intemporalidade. 

Certo é que há uma joia para "a mãe, a trabalhadora, a independente, a viajada, a recatada" e, em breve, para um novo público-alvo, homens, conforme nos revela Miguel. 

Para já, podemos apenas aguardar por novas referências no portefólio da marca e, enquanto isso não acontece, espreita as já existentes, com opções dos €10 aos €80, na galeria de imagens. 

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