Gonçalo Peixoto
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ModaLisboa: já lemos a carta de amor de Gonçalo Peixoto

Há amor, e muito. A coleção que Gonçalo Peixoto apresenta hoje na ModaLisboa é uma declaração de amor às mulheres da sua vida, mas também para si próprio.

Se a moda tem voz, porque não dar-lhe uma certa poesia e ouvir o que tem para nos dizer sobre o amor. Esse lugar é por vezes estranho, mas para Gonçalo Peixoto é o lugar onde se vê e onde vê a moda atualmente, um lugar onde o amor fala mais alto. Há então amor na coleção que o designer nacional apresenta hoje na ModaLisboa, e a conVERSA começa precisamente sobre essa carta que escreveu de forma apaixonada.

O que vamos ver no teu desfile da ModaLisboa?

A próxima estação chama-se For Love e é essa a mensagem que eu quero passar, que se trata de uma coleção em que o amor fala mais alto. Na verdade, esta coleção é uma carta de amor a todas as mulheres da minha vida, começando pela minha mãe. Mas também uma carta de amor para mim, e para o meu futuro. Há uma entrega muito especial da minha parte e, numa indústria tão difícil como esta, é importante reforçar a autoconfiança e amor próprio. E, por isso, quero também que esta seja uma coleção que transmita maturidade, a maturidade que tenho alcançado.

Faz sentido, nesta fase da minha carreira, afirmar que temos de despir-nos de todas as capas que vestimos e entregarmo-nos de corpo, alma e coração.

Que tendência(s) destacas nesta nova coleção?

Mais do que uma tendência, quero apresentar uma mulher forte, confiante e independente e mais madura. Por isso, apostamos num equilíbrio entre brancos com tons mais quentes, diferentes texturas e uma mistura entre transparências e peças mais oversize.

Onde começa a narrativa desta coleção?

Na história dessa mulher que tem acompanhado o amadurecimento da marca Gonçalo Peixoto que continua a afirmar-se todos os dias, com garra e resiliência.

Qual é o momento mais desafiante de uma Semana de Moda?

Todos os momentos são desafiantes à sua maneira, o durante e imediatamente antes é muito stressante, mas também há muita adrenalina à mistura. Mas eu sou particularmente apaixonado pelos meses antes e por todo o processo de criação. Eu tenho, aliás, uma particularidade que é nunca desenhar uma coleção desde o seu início, prefiro que seja um processo em aberto, porque basta ir ao cinema, ou ler alguma coisa que me chama a atenção, para mudar tudo e todas as peças. Basta pensarmos que 6 meses é o tempo de criação de uma coleção e eu acredito que não somos iguais e que muito pode mudar em 6 meses. O bonito disto tudo é sermos livres, permitir-nos à inspiração e ter este tempo para absorver sempre coisas novas.

“For Good” o mote desta edição, o que é para ti o Fazer Bem na moda?

A moda faz o bem e eu olho para isto como uma missão. Trabalho para as mulheres, para o que representam ou querem representar, e poder dar-lhes mais confiança e segurança. Este tem de ser o nosso papel, levar a nossa arte para a vida de qualquer mulher e, assim, melhorar – nem que seja só um bocadinho – as suas vidas.

Mas há outro fator muito relevante e atual: a sustentabilidade. A indústria têxtil é importantíssima para a economia em Portugal, sabemos de um sem-número de marcas internacionais que procuram o nosso país para a sua produção. Mas precisamos de continuar a apostar na formação de mão-de-obra, atrair talento para esta área para podermos continuar a afirmar-nos, continuarmos a ser sustentáveis e poder responder a todas as necessidades.

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