“Qual é a tua canção favorita?” é das questões que melhor nos permite conhecer uma pessoa, mais até do que poderíamos pensar. Não só diz muito sobre o estilo de música de eleição, como também sobre a sua sensibilidade, e já cantava Rui Veloso que “não se ama alguém que não ouve a mesma canção”.
Isto porque, segundo um estudo, pessoas que sentem frequentemente arrepios ao ouvir música têm um cérebro único, isto é, com um maior volume de fibras que conectam o córtex auditivo às áreas associadas ao processamento das emoções.
Por outras palavras, o cérebro reage com maior intensidade aos estímulos musicais, o que indica que estas pessoas têm maior tendência para serem altamente empáticas.
A música foi o foco do estudo, contudo, os investigadores referem que pessoas que reagem com maior intensidade a canções, também podem senti-lo com outros estímulos estéticos, tais como artes visuais, dança, poesia ou arquitetura.
Isto não quer dizer que quem não se arrepia com uma canção seja insensível, mas sim que fá-lo com menor intensidade. Em alguns casos pode até estar relacionado com situações de autismo ou esquizofrenia.
Importa ainda referir que com este estudo torna-se inquestionável o papel da música como “artefato interculturalmente indispensável” que apela, através de um canal auditivo, "para emoções e centros de processamento social do cérebro humano", concluem os investigadores.