Não é preciso assistirmos ao CSI para sabermos que as impressões digitais e o ADN têm sido os padrões forenses por excelência que servem para identificar um suspeito. Mas, segundo um estudo de julho de 2023, publicado na revista Plos One, parece que há mais a ter em conta além de impressões digitais. Este novo estudo sugere que componentes no odor humano podem ajudar a resolver casos e a trazer novas certezas em investigações.
Kenneth Furton, bioquímico e diretor científico da International University na Florida, Estado Unidos, onde é apresentado como o “líder mundial em química forense com foco na detenção de traços e olfato”, responsável pelo estudo em questão, analisou o odor das mãos em 60 indivíduos para determinar se diferentes odores poderiam determinar diferentes perfis.
Assim como existem as impressões digitais, o odor das mãos, mais precisamente os compostos orgânicos voláteis (COV), pode determinar perfis olfativos masculinos e femininos, indicando assim o género de um possível suspeito. Os resultados recolhidos rondaram os 96,67% de precisão, por isso falamos de conclusões muito concretas.
Mas para saberes se o odor das mãos te incrimina não vale a pena cheirá-las. A questão é um pouco mais complexa e é necessária uma técnica avançada de espetrometria de massa, aqui utilizada. Por isso, esta questão continua a ser matéria a ser desenvolvida por especialistas.
Ainda assim, percebemos que os resultados impressionantes prometem ser uma potencial ajuda no combate ao crime e, quiça, um novo argumento para um próximo episódio de CSI.