O calendário desta ano dita que, de 19 a 25 de setembro, Milão é a capital mundial da moda. E ainda que a data pareça distante, há já um certo frenesim à volta desta Semana de Moda de Milão. A indústria está, acima de tudo, ansiosa para assistir a desfiles que marcam um novo capítulo na história de Casas como a Gucci, a Tom Ford e a Bally, já que as três irão apresentar as primeiras coleções assinadas pelos seus novos diretores criativos. Mas há também a expetativa para ver aquela que será a última coleção de Walter Chiapponi que, neste caso, está de saída da italiana Tod’s.
Numa edição em que a Moschino assinala o seu 40.º aniversário já sem o irreverente Jeremy Scott à frente da direção criativa da marca, mas da qual se espera um desfile à altura da celebração, nesse mesmo dia, as atenções serão divididas com a estreia de Peter Hawkings, o novo e o primeiro diretor criativo da Tom Ford desde que a Casa foi vendida ao grupo The Estée Lauder Companies.
E será mais ou menos assim toda a Semana de Moda de Milão, a cada dia um novo nome a juntar-se ao calendário. Como o de Sabato de Sarno que também irá apresentar a sua primeira visão para a moda da Gucci, e o de Simone Bellotti a nova grande protagonista pela criatividade da Bally.
Entre uma natural expetativa e curiosidade, mas também com algum entusiasmo contido, o mundo da moda conta os dias para mais uma edição da Semana de Moda de Milão. A novidade alimenta a indústria, mas ao mesmo tempo a própria indústria olha com uma certa desconfiança para o ritmo da troca de cadeiras na direção criativa das grandes Casas de luxo. E só nos resta um lugar, aquele comum. O que nos diz que é preciso esperar para ver.