Alguns dos melhores momentos de Jeremy Scott na Moschino
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Jeremy Scott deixa a Moschino e um espetáculo a meio

Ao fim de uma década, Jeremy Scott abandona o cargo de diretor criativo da Moschino.

“The show must go on”, mas, em matéria de espetáculo, dificilmente a Moschino voltará a ter um diretor criativo como Jeremy Scott. O anúncio da saída do designer esta semana prova que a indústria está a passar por uma série de mudanças, algumas marcas estão à procura de renovar a sua imagem e estratégia (Alessandro Michele deixou a Gucci, Riccardo Tisci a Burberry...) e, naturalmente, já todos nos questionamos sobre quem irá assumir o lugar e gerir o legado deixado por Scott nesta última década à frente da Casa italiana. E, claro, qual o próximo desafio para o designer que, através da moda, falou de arte, consumismo e até questões sociais. Com humor, uma criatividade que não conhece limites, sempre destemido e a quebar barreiras, sempre a ser Jeremy Scott.

Mais foi sempre mais. E às vezes ser mais pode também significar acrescentar novas camadas de mensagens e sentidos à moda. Essa visão e forma de estar de Jeremy Scott ficou clara logo no primeiro desfile à frente da Moschino. Se a marca fundada por Franco Moschino já era atrevida para uma indústria que por vezes se leva demasiado a sério, no desfile outono/inverno 2014, o designer de forma brilhante e engenhosa, trouxe a cultura de consumo para a coleção onde apresentou logotipos da McDonald's e até Spongebob desfilou.

Como o próprio chegou a admitir, é um designer para a Era das redes sociais. E esse zeitgeist que trouxe à marca, teve de facto muitos momentos virais nas Semanas de Moda, mas também através de celebridades que nestes últimos dez anos vestiram as suas criações. Todos nos recordamos de Katy Perry vestida literalmente de lustre na MET Gala em 2019, e de hambúrguer na after-party que se seguiu. Jeremy Scott gosta de trabalhar a cultura pop, e a Moschino consigo foi Pop. Também foi por vezes polémico, com críticas, por exemplo aos acessórios com medicação prescrita, quando o mundo vive uma crise com o consumo de opiáceos.

Muito antes da tendência "Barbiecore" invadir a moda, vimos a sua interpretação moderna de Barbie a desfilar, tivémos Gigi Hadid como noiva com um véu transportado por borboletas, modelos literalmente vestidas por um ramo de flores, dinheiro, mas também embalagens de produtos já usados como crítica ao excesso de consumo.

Foi experiemental. Foi pop. Foi kitsch. Foi imaginação. Foi humor. Foi ousado. Foi uma década que fica na história da Moschino e da moda, que agora recordamos na galeria de imagens com alguns desses momentos.

 

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