Em Portugal existe um pouco de cada canto do mundo. Entre esses lugares está Santorini e também um pedaço das Maldivas, o paraíso que está na lista de desejos de muitos que sonham um dia mergulhar nas águas cristalinas deste destino.
Na impossibilidade de viajar até às praias banhadas pelo Oceano Índico, nada como aproveitar o que o Atlântico oferece em Portugal (mesmo sem parecer que é cá), mais precisamente as Ilhas Barreira da Ria Formosa, no Algarve, que se estendem ao longo dos concelhos de Loulé, Faro, Olhão, Tavira e Vila Real de Santo António.
São compostas por cinco ilhas e duas penínsulas (Ancão, Deserta, Culatra, Armona, Tavira, Cabanas e Cacela), separadas por seis barras.
As Ilhas Barreira distinguem-se das demais praias não só porque não são propriamente praias, uma vez que definem uma barreira entre a laguna e o oceano, e também porque têm características raras. Entre elas o facto de o conjunto de ilhas formar um triângulo escaleno.
Infelizmente, esta raridade criada pela natureza pode vir a desaparecer daqui 30 a 50 anos devido à subida do nível médio do mar, conforme alerta Carlos Antunes, professor e investigador da Faculdade de Ciências de Lisboa, em entrevista ao jornal i.
"Sistemas como as ilhas de Barreira no Algarve serão complicados. Há vários grupos a estudá-lo. A ilha da Fuzeta, podemos alimentá-la artificialmente, mas se a subida começar a intensificar-se, vamos perder a batalha. Vai tudo depender da subida. Se for uma magnitude abaixo de um metro, pode resistir com a ajuda de alimentação artificial".
Há medidas já a ser tomadas e tudo para proteger as águas límpidas de azul turquesa e a areia branca das Ilhas Barreira, que fazem delas as ilhas portuguesas equivalentes às ilhas que constituem as Maldivas, ficando apenas em falta a temperatura da água. Enquanto a da Ria Formosa ronda os 18.5°C em junho, nas Maldivas pode ir até aos 28ºC.
Tirando isso, as imagens tornam evidentes as semelhanças.