Protestos contra a Inteligência Artificial
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E, de repente, surge o FOBO. Já ouviram falar?

Temer ou abraçar a Inteligência Artificial? É o tema da opinião desta semana e que podes receber em primeira-mão se subscreveres a Newsletter da VERSA.

Já conhecíamos o FOMO (fear of missing out) e o JOMO (joy of missing out), mas há um novo termo que acaba de chegar aos dicionários contemporâneos: FOBO. E qual é o acrónimo de FOBO? Na tradução “Fear of Becoming Obsolete.”

O FOBO está, de repente, a entrar na vida e na mente dos profissionais ativos e com formação superior. E tudo por culpa da Inteligência Artificial (IA). Na realidade, traduz-se no medo dos seus empregos se tornarem obsoletos e os seus skills ultrapassados, quando a IA se tornar um dos meios de fonte de informação.

O FOBO é para já uma realidade mais sentida nos Estados Unidos, e uma sondagem da Gallup confirma que os trabalhadores norte-americanos temem que a tecnologia torne os seus postos de trabalho obsoletos. Um sentimento que tem vindo a crescer nos últimos dois anos associado aos enormes desenvolvimentos na IA, na forma de chatbots como o ChatGPT. 

Às questões colocadas no estudo, 22% dizem temer que a tecnologia torne o seu trabalho obsoleto, um crescimento de 7% face ao inquérito realizado em 2021. E entre os grupos demográficos mais em alerta estão todos os com formação académica e com um vencimento anual a rondar os 100 mil dólares. Os norte-americanos sem formação universitária já se preocupavam anteriormente com o “risco” de serem substituídos pelas máquinas, e esse grupo demográfico não regista grandes alterações, segundo a mesma sondagem.

Dentro deste FOMO, e dessa sensação de futuro em risco, um dos grandes medos é o da perda de benefícios e a redução de salários. Já não olham apenas para os robôs como máquinas em linhas de montagem em fábricas, a preocupação cresce com os avanços nas capacidades dos computadores para “imitar a nossa linguagem e a criatividade humana”.

O FOMO está aí, a preocupação é real e deve ser valorizada, mas o espírito é de resiliência. Segundo a mesma sondagem, apenas um em cada quatro trabalhadores vê a IA como uma ameaça iminente. E o segredo, mais do que a temer, talvez seja aprender a conviver com ela.

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