Todos conhecemos o nome Lello, da mais famosa livraria do Porto, que em tempos foi propriedade da família Lello. Apesar do fim do vínculo, as histórias nunca se acabaram e, em vez de contadas em livros, são contadas nos rótulos dos vinhos Lello, marca que já soma 111 anos.
Centenas de anos estão assim gravados numa série de quatro vinhos, cada um com um rótulo pintado por um artista português diferente com um propósito. "Quisemos dar uma interpretação diferente a cada rótulo. Convidámos, por isso, vários pintores portugueses, para assim também mostrar aquilo que se faz em Portugal", revela à VERSA Ana Montenegro, diretora de marketing no Grupo JMV - José Maria Vieira.
Entre eles está Ricardo Esteves, que pintou o rótulo e Ricardo Rito Leitão.
Como um livro, as quatro garrafas de vinho são como capítulos e cada um contém anos e anos de acontecimentos. Ana Montenegro assinala-os.
"Início de uma grande jornada" – Lello Tinto 2021. O primeiro rótulo de tinto fala sobre Artur Lello, "o primeiro membro da família que entra na Sociedade de Vinhos Borges no início do século 20. Por isso vemos no rótulo Artur Lello a entrar na Quinta da Soalheira, no Douro".
“Raízes do Amanhã” – Lello Reserva Tinto 2022. A segunda ilustração, do rótulo do reserva tinto, salta para os anos 20 através da imagem de Artur e Carlos Lello, que representa "a passagem do legado de pai para filho".
Ambos mantêm-se, já o Lello Branco e o Lello Rosé sofrem este ano uma ação de rebranding, que assinala uma nova Era da Lello ao introduzir a figura da mulher numa marca e num mundo, dos vinhos, muito dominado por homens.
“Essência Feminina” – Lello Branco 2023. "A parte da essência feminina acontece quando António e Francisco Borges falecem em 1939. O rótulo [do vinho branco] remete para os anos 40, altura em que entram quatro mulheres para a composição societária da empresa e começam a fazer parte dos pilares e valores. O rótulo que lançamos agora acaba por ser uma homenagem às mulheres que trabalharam na Borges até aos dias de hoje", explica Ana Montenegro. Acrescenta ainda que o rótulo de “Essência Feminina” foi pintado por Ricardo Esteves.
“Apogeu” – Lello Rosé 2023. Quanto ao rosé, remete-nos para os anos 50, altura em que a Borges, no período pós-guerra, teve um boom não só no negócio, como em meios publicitários. "O rótulo acaba por ser a celebração de Carlos Lello por todo o sucesso da marca à escala global, por isso na ilustração vemos Carlos Lello com a família a celebrar à mesa com vinho rosé, incluindo com as mulheres que já faziam parte do percurso", continua. Desta vez, a história retratada em “Apogeu” é da autoria do pintor Ricardo Rito Leitão.
Temos um rotulo, uma pintura, um vinho, uma história. Portanto, passamos por 1900, anos 20, anos 40 e anos 50 para contar em quatro vinhos diferentes etapas da família".
As novas ilustrações dos vinhos branco e rosé da Lello assinalam assim os 111 anos da marca, os 140 anos da Borges e um sinal de uma mudança, acompanhada de uma nova adega no Douro, que "vai permitir uma capacidade de produção maior e com uma outra qualidade, porque tem a mais alta tecnologia", afirma a diretora de marketing no Grupo JMV.
Os vinhos estão à venda nas grandes superfícies e têm um P.V.P de €4,99 para os vinhos Lello Branco 2023, Lello Rosé 2023 e Lello Tinto 2021 e €12,99 para o Lello Reserva Tinto 2022.