O cenário de uma das provas de Squid Game: O Desafio | Fotografia: IMDB
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Da ficção para a vida real: reality show Squid Game está na Netflix

Squid Game: O Desafio, um reality show de sobrevivência inspirado na série distópica coreana que se tornou um fenómeno, oferece mais de quatro milhões de euros ao vencedor.

Chegou à Netflix um novo reality show baseado na série-fenómeno coreana Squid Game. O concurso oferece um prémio de 4,56 milhões de dólares (cerca de 4,20 milhões de euros) ao vencedor que conseguir sobreviver a todos os desafios – alguns deles recriações das provas mortais da série.

No programa de sobrevivência, cujos primeiros cinco episódios foram disponibilizados na plataforma de streaming, os detalhes e pormenores originais da série distópica estão todos lá, mas as opiniões dos críticos têm sido divergentes.

Squid Game: O Desafio, estreado esta quarta-feira na Netflix, começa com 456 participantes, a maior parte deles oriundos dos Estados Unidos e de países europeus.

No primeiro episódio do reality show, quem tiver visto a série criada por Hwang Dong-hyuk será transportado de imediato para uma das provas em que se joga ao macaquinho do chinês.

O objetivo é atravessar uma linha antes de o tempo acabar e não deixar que a boneca robótica detete o movimento do corpo depois de a sua cabeça girar. No final, as mortes não acontecem mas, sem fazer spoiler, a produção encontrou forma de deixar uma ideia de mortandade no ar.

Neste primeiro desafio, a quantidade de jogadores diminui substancialmente e por cada elemento eliminado são adicionados 10 mil dólares ao prémio total. Se na série de ficção o grande inimigo é o capitalismo e o seu sistema económico sem escrúpulos, neste spin-off parece que é mais o contrário, não havendo espaço para reflexões teóricas.

“Como em muitos reality shows, o programa inclui entrevistas com jogadores que querem ganhar o prémio para sustentar a família ou realizar sonhos. Mas a competição é apresentada como uma oportunidade, não como uma exploração”, escreve James Poniewozik, do New York Times, que considera o programa “mais deprimente do que o original”.

E se esta transposição da ficção para a vida real não convence o jornalista do diário norte-americano, que não deixa de mencionar a polémica em torno da falta de condições e segurança oferecidas aos concorrentes do programa, para Rebecca Nicholson, crítica do Guardian que atribui a Squid Game: O Desafio quatro estrelas, “a versão da vida real do drama da Netflix é um grandioso, aditivo espetáculo que te vai deixar a gritar para a TV antes do final do primeiro episódio”.

O jornal britânico reconhece, ainda assim, que O Desafio pode passar ao lado da mensagem inicial da série. Mas não deixa nada a desejar quando estamos a falar de entretenimento e de espetáculo, fazendo com que seja difícil desviar o olhar.

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