Sigourney Weaver
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Sigourney Weaver: "Nunca interpretei ninguém como June"

A Versa conversou com Sigourney Weaver, atriz que integra o elenco da nova série dramática da Prime Video e que promete ser um sucesso.

O livro As Flores Perdidas de Alice Hart foi um sucesso mundial e agora é uma das grandes apostas da Prime Video para o verão.

A série dramática, composta por sete episódios, vai estrear em 240 países e territórios de todo o mundo, incluindo Portugal, a 4 de agosto.

Conta a história de Alice Hart, uma australiana que perdeu os pais num misterioso incêndio quando tinha 9 anos e que vai viver com a avó June para uma quinta de flores. June é interpretada pela celebrada atriz Sigourney Weaver que, entre outros papéis de destaque, será sempre lembrada como a imortal Ripley da saga dos filmes Alien.

A Versa conversou com a atriz sobre o que a fez apaixonar-se pela história e pela sua personagem June, sobre os bastidores da série e ainda revelou o que torna esta uma produção imperdível.

O que a atraiu neste projeto?

O tema da história das mulheres em situações de risco, que chegam a um lugar onde se podem sentir protegidas e encontrar amizade, apoio e compreensão umas com as outras. A personagem de June é uma personagem fantástica, diferente de todas as que já interpretei antes. Ela é do tipo forte e silenciosa e, ao longo dos sete episódios, vamos descobrindo gradualmente os segredos da sua vida e da sua família.

Fui atraída também pelo facto de Glendyn Ivin estar a realizar o filme. Já tinha visto Penguin Bloom, um grande, grande filme, e por isso era uma grande fã dele. E, francamente, o meu marido e eu - o meu marido é surfista - também queríamos muito vir à Austrália, porque nunca tínhamos feito digressões publicitárias, e divertimo-nos imenso.

Leu o livro antes de começar a filmar?

Li antes das filmagens, mas ainda não o tinha lido quando me enviaram os três primeiros episódios. Na verdade, nunca tinha lido nada assim, esta história que juntava tantas vertentes diferentes de raparigas e mulheres de todas as idades. E que as fez entrar nesta bela história de segundas oportunidades e de alcançar a segurança e a mudança.

Também tinha tantos papéis fantásticos para as mulheres e conseguimos um elenco feminino de arromba: Asher Keddie, Leah Purcell, Frankie Adams, a pequena e adorável Alyla Brown e, claro, Alycia Debnam-Carey... É um conjunto de mulheres fantástico do qual fiz parte. Li o livro antes das filmagens e conheci a autora, Holly Ringland. E o livro é tão poderoso! E acho que é por isso que é um dos livros mais amados na Austrália. Espero que as pessoas gostem da série, espero que leiam o livro, porque é mágico.

Espero que as pessoas gostem da série, espero que leiam o livro, porque é mágico.

O que diria que torna esta série especial?

Esta série, antes de mais, tem um aspeto diferente de tudo o que já vi na televisão. Glendyn Ivin e Sam Chiplin, o nosso diretor de fotografia, queriam fazer algo com uma história, expressá-la em termos cinematográficos tão ambiciosos, tão bonitos, tão impressionantes, tão épicos. Vemos estas fantásticas paisagens australianas e, depois, estes grandes planos de flores, e é uma das coisas mais deslumbrantes que alguma vez vi, e é dramático, por isso leva-nos mesmo a algum lado.

Acho que as interpretações são maravilhosas e contam esta história terna, amorosa, mas difícil, da pequena Alice Hart, que vai viver com a avó por causa de um acontecimento violento que aconteceu sua vida e está com mulheres de todo o lado que encontraram a quinta como refúgio. Assim, estas relações entre todas estas mulheres diferentes, à medida que Alice cresce, são absolutamente fascinantes e depois Alice, claro, tem a sua própria história muito dramática, que é brilhantemente contada e se passa no interior da Austrália, onde não cheguei a ir, mas onde sinto que estive, porque é tão, tão bem captada no filme.

O que mais gostou de fazer enquanto interpretava June?

Bem, a June é uma personagem muito dura. Nunca interpretei ninguém como ela. É uma mulher com uma força incrível, que é muito ela própria. Não se deixa enganar - e isto é dizer pouco. E nada, nada nesta vida a surpreende, sobretudo o que tenha a ver com homens. Por isso, interpretar uma personagem tão reservada, tão cuidadosa e, também, tão assustada, foi muito interessante.

A June é uma personagem muito dura. Nunca interpretei ninguém como ela.

Fiquei encantada por ver que, fisicamente, nunca interpretei ninguém como a June. Ela é uma mulher grande e forte, que veste roupas do campo, e tenho de agradecer à figurinista e à minha fantástica estilista de maquilhagem e perucas da Nova Zelândia, Georgia Lockhart-Adams, por isso. Sinto sempre que sou o produto de tantos artistas diferentes. É uma colaboração e sinto que muitas pessoas contribuíram para a minha forma de ser enquanto June, e estou muito grata por isso. Foi um grande desafio, muito difícil, e trabalhámos como loucos. Mas estávamos a trabalhar uns com os outros todos os dias e isso foi muito, muito divertido.

Que mensagem espera que os espetadores retirem desta série?

Espero que vejam que cada mulher tem uma história diferente e cada mulher tem desafios diferentes. E a solidão destes desafios é, por vezes, a coisa mais difícil de suportar, e quando as mulheres se juntam, estendem a mão umas às outras, também se curam e celebram-se umas às outras. E penso que isso não tem sido retratado no ecrã muitas vezes, e estou entusiasmada por participar numa história que faz isso.

Houve algum um momento engraçado ou tocante que possa partilhar connosco?

Diverti-me imenso com a Alyla Brown, que faz de pequena Alice. Na Austrália, há muitas cobras - quer dizer, há 10 das cobras mais venenosas do mundo. Até tínhamos um tipo com um pau a bater na terra para afastar as cobras, e a Alyla, que é extremamente inteligente e muito cientista, dava-me lições sobre como as cobras não eram perigosas e as aranhas venenosas não eram perigosas. Ela era tão engraçada, porque parecia que tinha 45 anos e que me estava a dizer para me recompor e não ter medo destas coisas básicas com que todos os australianos vivem. Diverti-me imenso com a Alyla, rimo-nos imenso, ela é uma jovem atriz e pessoa incrível.

Qual a importância das flores nesta história?

Quer dizer, é um mundo completamente diferente para quem gosta de flores. Também tem a ver com a linguagem das flores, usando-as para dizer coisas que são demasiado difíceis de dizer por palavras, o que é outra coisa maravilhosa desta série.

É como um desabrochar, é como se as flores se abrissem e, com cada flor, temos uma parte diferente da história com significados diferentes.

O que acha que os espetadores vão gostar mais nesta série?

Há tantas coisas para adorar nesta série. Certamente que o levará para longe de onde quer que viva, para a Austrália, para estas zonas mágicas da Austrália que são tão bem filmadas. As paisagens são tão grandiosas e tão vivas, que nos sentimos mesmo como se estivéssemos lá.

Além disso, acho que a história de Alice Hart é incrivelmente comovente. A sua vida de menina com a mãe e o pai é uma parte tão importante da trama e, depois, ela vai viver com a avó e desenrola a história. É como um desabrochar, é como se as flores se abrissem e, com cada flor, temos uma parte diferente da história com significados diferentes. E acho que é uma história fascinante e muito bem feita que toda a gente vai querer ver. E há tanto para falar e, honestamente, para ver de novo!

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