Museu do Prado, em Madrid
Design e Artes

E se o lugar do luxo não for uma loja, mas antes um museu?

A Loewe é mais do que moda e acaba de criar um projeto literário em parceria com o Museu do Prado, em Madrid, para os próximos três anos. Inspirará outras marcas de luxo?

Há meses em Londres, num congresso dedicado ao mercado do luxo, um dos oradores disse a dada altura na sua intervenção: “O futuro do luxo passará cada vez mais pelos museus”. Uma ideia que me ficou e que, de cenário futuro, vejo que já se tornou numa realidade através da Loewe. A casa de moda espanhola acaba de reforçar a sua estratégia na ligação a diferentes manifestações artísticas como a poesia, a dança ou a fotografia, agora numa nova associação de enorme valor criativo na área da literatura.

A Fundação Loewe acaba de lançar o programa literário "Escrever o Prado", uma iniciativa desenvolvida em parceria com o Museu do Prado, em Madrid, através da qual irão valorizar a literatura, financiando durante os próximos três anos a residência de escritores internacionais de renome. Serão financiadas até duas residenciais anuais, e os autores convidados a mergulhar e a investigar entre as coleções e toda a riqueza artística e histórica guardadas nas salas do museu.

As coleções e as obras do Prado que, ao longo do tempo, sempre inspiraram todo o tipo de artistas e criativos, irão agora inspirar também os escritores que irão participar no “Escrever o Prado”, a escrever um texto literário que será publicado pelo museu, em associação com a revista literária Granta, fundada em 1879.

“O museu guarda muitas das minhas pinturas favoritas, algumas das quais inspiraram o design de coleções anteriores, como Las Meninas de Velázquez", disse Jonathan Anderson, diretor criativo da Loewe, na apresentação da iniciativa. "Este projeto é uma oportunidade incrível para mergulhar no mundo infinitamente inspirador do Museu do Prado", bem como para "estabelecer novas e emocionantes ligações interculturais" acrescentou.

Como primeiro autor a participar no programa, foi anunciada a seleção do conceituado escritor sul-africano, e Prémio Nobel da Literatura de 2023, John Maxwell Coetzee. Uma escolha que levou o escritor, atualmente a residir na Austrália, a mudar-se para Espanha durante três semanas.

Durante este tempo, Maxwell fez do Museu do Prado o seu centro de atividade e de contemplação. E imerso num intenso processo criativo, mostrou as primeiras ideias num encontro público no auditório do Museu do Prado, onde Coetzee lançou um debate sobre a linguagem como instrumento de expressão, dando foco aos fatores que podem ser considerados como elementos artísticos da linguagem. Aguarda-se agora o texto literário, o primeiro a ser produzido nesta iniciativa que liga a Loewe ao Prado.

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