Uma equipa de investigadores decifrou, através de uma ferramenta de Inteligência Artificial, as primeiras palavras de um dos manuscritos de Herculano, parte integrante de um conjunto de papiros que foram carbonizados na sequência de uma erupção do Monte Vesúvio, em Itália, datada do ano de 79 d.C.
Através de uma técnica desenvolvida por Brent Seales, um cientista computacional da Universidade de Kentucky, que recorre a Inteligência Artificial combinada com as mesmas funcionalidades de uma TAC, foi possível visualizar alguma da tinta que dá forma à primeira palavra do papiro, escreve o New York Times.
Porphyras foi a palavra grega descoberta em agosto por Luke Farritor, um estudante de ciência computacional de 21 anos, que arrecadou 40 mil dólares por ter identificado dez letras e vencido o concurso lançado por Seales. Também Youssef Nader, um estudante de robótica recebeu 10 mil dólares por ter desvendado a mesma palavra uns meses depois.
Estas descobertas e a possibilidade de tornar o conteúdo de outros papiros danificados pela erupção legível poderá ter tremendas implicações no entendimento que a academia tem sobre este período da História. Em português, detalha ainda o jornal O Globo, a palavra decifrada quer dizer “tintura roxa ou roupa roxa”.