Fotografia: Robyn Beck, Getty | Edição de imagem: Vasco dos Santos
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Óscares têm novo protocolo: afinal, uma bofetada pode ter final feliz

Há um novo (e necessário) protocolo para a 95.ª edição dos Óscares. Só foi preciso andarmos à chapada.

Depois de na passada cerimónia de entrega de prémios Will Smith ter esbofeteado o comediante Chris Rock, momentos antes de ter recebido um Óscar de Melhor Ator pelo papel no filme King Richard, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood criou novas medidas "anticrise", a serem implementadas já na próxima e 95.ª edição, com data marcada para dia 13 de março.

Não vão ser premiados os mais bem-comportados da turma e as artes marciais continuam a não integrar a lista de nomeados. A solução é outra.

A Academia resolveu introduzir, pela primeira vez em 95 anos, uma “equipa de crise” e mostrar que não brincam em serviço. Já que não souberam reagir à primeira bofetada, agora preparam-se para o combate.

Numa entrevista concedida à revista Time, o CEO da Academia de cinema, Bill Kramer, mostra que estão preparados para qualquer cenário violento ou potencialmente inesperado, dizendo-se munidos de uma “equipa de crise”. Por isso, segundo duas possíveis interpretações, é melhor que ninguém se atreva a subir ao palco sem ser convidado ou acaba abalroado por uma data de homens musculados, ou, pior, recebe um Óscar.

Will Smith na 94.ª edição dos Óscares | Neilson Barnard, Getty

"Temos toda uma equipa de crise, algo que nunca tivemos antes, e muitos planos em curso. Estamos a projetar muitos cenários. Portanto, a nossa esperança é que estejamos preparados para qualquer coisa que não antecipamos neste momento, mas para a qual estamos a planear no caso de acontecer", afirma o CEO.

"Devido ao que aconteceu no ano passado, temos [agora] em conta as muitas coisas que podem acontecer nos Óscares”, continua o CEO, que deseja “nunca vir a utilizar” a dita equipa de crise. Pela crescente expectativa e falta de detalhes, esta equipa começa a impor respeito.

Foi preciso Chris Rock sofrer um golpe inesperado e sair lesado de um dia de trabalho para que aquela que há quase cem anos é a mais importante cerimónia no mundo do cinema percebesse que, às vezes, as coisas dão para o torto e o mundo inteiro está a ver.

Deste lado, desejamos que Chris Rock mantenha o comportamento de aluno exemplar, que Will Smith tenha aprendido a lição e que a Academia tome conta dos meninos. E isto não é uma analogia.

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