Avós, a vocês podemos agradecer uma nova tendência para 2024: Grandpa. Mais precisamente uma estética eclética que só os avós sabem como alcançar e foi precisamente neles que as marcas se inspiraram para as novas coleções.
É o caso da Loewe, que deixou evidente a tendência Grandpa na coleção deste inverno através de malhas pesadas, com estampados geométricos e coloridos; e também da Miu Miu, que leva para a primavera/verão 2024 peças de roupa desgastadas e carteiras de pelo de estilo vintage. À lista junta-se ainda a Bode, com tecidos com padrões que se assemelham às colchas e toalhas de mesa de antigamente.
São estas algumas das características do que é vestir de acordo com a tendência Grandpa e se nos desfiles vimos o que aí vem, no street style já é possível ver esta nova moda concretizada em looks de celebridades como Gigi Hadid, Harry Styles, Kendall Jenner, Emma Chamberlain, Tyler, the Creator, e Charlie Heaton.
Mas mais do que uma tendência, Grandpa é uma lição. Isto porque ensina-nos a olhar para a forma como os nossos avós se vestiam antigamente. Aliás, a pensar no tipo de peças que usavam.
As malhas, por exemplo, eram feitas de fibras naturais e não de poliéster, poliamida ou acrílico, no fundo, plásticos com que são fabricadas muitas das roupas de hoje em dia, principalmente na fast fashion. E a durabilidade de cada peça de roupa? Cada compra era feita de forma mais consciente, numa equação que juntava estética, intemporalidade e qualidade dos materiais, sendo o resultado sempre o mesmo: uma peça de roupa que durava (e dura) décadas.
Não é, assim, por acaso que ainda hoje se conseguem vestir peças com mais de 20 anos e a elas podemos e devemos recorrer para seguir esta nova tendência. Todavia, na impossibilidade de o fazer, há que apostar então na qualidade tal como noutros tempos. O custo pode ser mais elevado, mas no fim de contas feitas o ganho pode ser maior ─ incluindo para o planeta.