Um novo estudo levado a cabo por investigadores da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, demonstra que certos aromas podem ser eficazes na evocação de memórias positivas em pacientes que sofrem de depressão.
As conclusões do estudo publicado na JAMA Network Open teve como ponto de partida vários pacientes que foram expostos a aromas contidos em potes. Depois de sentirem cada um dos aromas, foi-lhes pedido que recordassem uma memória positiva das suas vidas. Foram também usadas palavras para associar a memórias.
Os resultados alcançados indicaram uma recuperação mais significativa de determinada memória quando associada a 12 aromas em específico (café, extrato de baunilha, sabonete de lavanda, óleo de coco, cominho em pó, vinho tinto ou ketchup são alguns dos exemplos. Kimberly Young, a coordenadora do estudo, afirma que pacientes com depressão têm dificuldade em relembrar momentos passado, mas que com aromas o processo é mais fácil.
“Foi surpreendente para mim que ninguém tivesse pensado em observar a recuperação da memória em indivíduos deprimidos usando sinais de odor antes. Se melhorarmos a memória, poderemos melhorar a resolução de problemas, a regulação emocional e outros problemas funcionais que os indivíduos deprimidos frequentemente experimentam”, disse Young num comunicado.
A ativação da amígdala cerebral é o factor decisivo na recuperação da memória, pois permite aos pacientes chegarem a eventos específicos da sua vida. Os aromas, acredita-se, ativam a amígdala através do nervo olfativo.
O estudo contou com a participação de 32 pessoas diagnosticadas com depressão, entre os 18 e os 55 anos.