A 20 de março celebra-se o Dia Internacional da Felicidade, uma data criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), que reconhece a relevância da felicidade e do bem-estar como objetivos universais.
E a julgar pelas estatísticas do Eurostat, a agência de estatísticas da União Europeia que mede, todos os anos, o grau de satisfação com a vida de acordo com uma amostra da população de cada Estado Membro, estamos a precisar de melhorar os índices de felicidade. É que Portugal surge em 20º lugar, atrás da Itália (14º), Espanha (17º) e França (19º), numa tabela liderada pela Áustria.
E por aí, como anda o teu índice de felicidade? Sabemos que esta é uma análise complexa, que depende de vários fatores, como da saúde física e psicológica, da percepção de bem-estar, da educação, da satisfação financeira e até do contexto familiar e social.
“Em Portugal tendemos para um ‘vamos andando’. Somos um povo que, se por um lado não vive nem expressa a felicidade, por outro também não nos atrevemos a expressarmos infelicidade porque ‘há quem esteja pior’. Há uma espécie de ‘fado’ cultural enraizado na nossa rotina: tristes perante as dificuldades da vida, mas com esperança”, revela a psicóloga Cláudia Adão.
A boa notícia é que, por ser uma emoção, a felicidade não se escolhe, nem se compra. Sente-se, estimula-se, potencia-se e até se aprende através da prática de competências emocionais. Toma nota.
Treina a gratidão
Costumas agradecer pelas pequenas grandes coisas da vida, que te acontece ao longo do dia? Ter um diário da gratidão, onde registas e agradeces estes pequenos momentos, pode aumentar os teus índices de felicidade.
Pratica a (auto) compaixão
Se és a primeira a julgar-te por um erro que cometeste, fica a saber que a (auto) compaixão, ou seja, admitir que os erros podem acontecer, ajuda a não seres tão exigente contigo própria, o que pode aumentar os índices de felicidade. Fala contigo como se estivesses a falar com uma amiga.
Desenvolve a empatia
A empatia, ou seja, a capacidade de te colocares no lugar de outra pessoa e conseguires ver as situações de outra perspetiva, pode ajudar a aumentar a sensação de felicidade.
Cultiva emoções positivas
As emoções positivas incluem não apenas a felicidade, mas também a esperança, alegria, amor, compaixão orgulho ou até gratidão. Mas convém lembrar que ser feliz e ter saúde mental também passa por aprender a lidar, de forma saudável, com outras emoções mais difíceis, como tristeza, raiva ou frustração.
Procura o teu propósito
A busca por um propósito de vida ajuda a manter o foco no que é realmente importante perante os desafios e adversidades. Este pode ser encontrado no teu trabalho, numa causa social ou numa crença espiritual, desde que alinhado com os teus valores.