Caminhar é uma atividade física aeróbica saudável e muito eficaz, que não danifica as articulações e que pode dar bons resultados, se for feita frequentemente e da forma correta, aliada a uma alimentação saudável.
Para melhorar a condição física e manter um estilo de vida ativo e saudável, foi popularizada a recomendação de 10 mil passos por dia. Esta "regra" estabeleceu-se durante os Jogos Olímpicos de Tóquio, em meados da década de 1960, por culpa da campanha publicitária do primeiro pedómetro da história, o mampo-kei, que estabelecia esta meta diária de cerca de oito quilómetros.
Desde então, a comunidade científica tem vindo a tentar esclarecer a utilidade deste objetivo e, agora, um novo estudo da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins e da Universidade Médica de Lodz, na Polónia, diz que afinal não é preciso caminhar tanto.
Com a ajuda de uma amostra de quase 230.000 voluntários, chegou-se à conclusão de que são necessários apenas 4.000 passos por dia para reduzir significativamente o risco de morte prematura por qualquer doença e que são necessários ainda menos passos para uma redução significativa da mortalidade cardiovascular. Mas, claro que, quanto mais se caminhar, mais benefícios se obtém.
O estudo, que foi recentemente publicado no European Journal of Preventive Cardiology, indica que cada aumento de 500 a 1.000 passos por dia está associado a uma redução acentuada do risco de mortalidade por diversas causas. Ou seja, o mínimo serão 2.500/4.000 passos, mas não existe um limite máximo. O importante é mesmo caminhar.
No entanto, perder peso não tem apenas a ver com o número de passos que se dá, mas também com a forma como esta atividade está integrada nos hábitos diários, dieta e nível de atividade de cada um. Portanto, sejam 2.500, 4.000 ou 10.000 passos, para uma perda de peso eficaz é necessário também ter em conta a intensidade do exercício e a existência de um défice calórico.