Quando a arte e a gastronomia se encontraram no Palácio Chiado, nasceu uma história de amor na Rua do Alecrim. O espaço, que remonta ao século XVIII sofreu várias alterações desde os seus primórdios e, nos dias de hoje, oferece um ambiente pouco solene e irreverente a quem chega à procura de uma maravilhosa refeição, de um bom cocktail ou de um pé de dança.
Mal entramos neste palácio centenário, encontramos o bar Salla, onde impera a festa e se petisca ao som de música house e, nuns majestosos degraus acima, sentamo-nos à mesa e abrimos um novo menu que não desilude.
Na carta de primavera, as entradas descomplicadas saltam logo à vista, como as ostras ao natural, o mil folhas de queijo creme, o carpaccio de polvo ou os taquitos de lagosta. E os pratos principais disputam um lugar na mesa, do delicioso lavagante ao filete de pregado, do entrecôte maturado ao lombo de novilho à Barão. Quando o mood “não é carne nem é peixe”, escolhemos o risotto de cogumelos selvagens com trufa negra.
O chef Manuel Bóia, curador gastronómico, não tem dúvidas quando elege uma opção da nova ementa que melhor traduz o espírito do espaço: “O robalo selvagem em court-bouillon com arroz de amêijoa, lima e coentros porque, assim como o Palácio Chiado, o prato reúne ingredientes, sabores e tradições da cozinha típica portuguesa com uma interpretação criativa, extravagante, moderna e sem cerimónias.”
E se as dietas já tinham ficado lá atrás, damos permissão à culpa de uma sobremesa e escolhemos entre o dome de chocolate, o mil folhas de caramelo salgado ou o crème brûlée.