Ano após ano, a Duorum, projeto da João Portugal Ramos nascido em 2007 pelas mãos de João Portugal Ramos e de José Maria Soares Franco, lança novidades, algumas até capazes de mudar o paladar. E é chegada a altura de conhecer as das novas colheitas Duorum.
A VERSA esteve no evento de apresentação, no restaurante Federico do Palácio Ludovice, em Lisboa, e, não tirando mérito aos pratos do chef Ricardo Simões sobre os quais já aqui falámos, desta vez o nosso foco foi o copo.
Duorum Vinha dos Muros 2023 e o Duorum Touriga Franca 2022 são os novos vinhos da Duorum e trazem inovação a uma região por si só desafiante. "O Douro tem uma concorrência muito forte, mas nós acreditamos no projeto, temos muito orgulho nele e, para todos os efeitos, estamos entre os dez primeiros produtores do Douro", nota João Portugal Ramos.
Mas não há obstáculos, ou muros que não sejam ultrapassados. Aliás, os muros são bem vindos e serviram até de inspiração ao novo branco Duorum. "O nome do Vinha dos Muros nasceu em homenagem à região que nos apaixonou de tão bonita que é. Uma das coisas com que, desde o início, nos deparámos, foi a quantidade de muros completamente diferentes do resto da região do Douro, onde os muros são de suporte de terras e naquela zona são de divisão. Muitos fazem delimitação de pequenas parcelas de terras com alguma qualidade", explica João Perry Vidal, diretor vitivinícola da Quinta de Foz de Arouce e da Duorum.
O Duorum Vinha dos Muros 2023 é assim um vinho com significado especial, pelo facto de os muros antigos de xisto rodearem a pequena parcela de arinto e gouveio que dá origem àquele que é o primeiro vinho "de vinha" do projeto. No que toca ao perfil, tem aroma intenso a citrinos (lima e tangerina) e leves notas de anis e menta, na boca é muito fresco e de acidez fina e equilibrada, com a fruta envolvida por ligeiras notas fumadas, e o fim de boca é longo e fresco.
Quanto ao Duorum Touriga Franca 2022, trata-se de uma outra aventura: é o primeiro monocasta Duorum, 100% Touriga Franca, uma das mais emblemáticas do Douro e a mais plantada na quinta. No copo revela uma cor violeta, no nariz sentem-se frutos vermelhos maduros e ligeiras notas de especiarias, fruto do estágio em barrica, e na boca mostra volume e taninos firmes e maduros, que deixam no fim de boca uma impressão longa e persistente.
Ambos os vinhos têm um P.V.P de €20 e foram lançados em edições limitadas de 3.300 e e 6.600 garrafas, respetivamente.